Venda da maior reserva de urânio do Brasil à China gera críticas no Congresso
A região da hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo(AM), a 107 quilômetros de Manaus, abriga a maior reserva de urânio do Brasil, sendo considerada promissora, apesar do baixo teor de urânio. A mineradora Taboca vendeu essa área à China Nonferrous Trade (CNT), uma subsidiária do governo chinês, por US$ 340 milhões (R$ 2 bilhões).
A Taboca transferiu 100% das ações, e a reserva ainda possui potencial para explorar minerais estratégicos como nióbio, tório, estanho e tântalo, essenciais para a indústria de alta tecnologia. No entanto, a Constituição considera o urânio um recurso de monopólio da União, proibindo sua exploração.
Essa venda gerou repercussões no Congresso Nacional, onde se debate a venda de reservas estratégicas a outros países. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou, em pronunciamento no plenário, as restrições à exploração de recursos naturais na Amazônia por empresas brasileiras, enquanto companhias internacionais, como a chinesa, têm liberdade para operar.