Crise de saúde mental entre jovens chega a níveis alarmantes
Crise de saúde mental entre jovens chega a níveis alarmantes.
A crise global de saúde mental entre a população jovem, de 12 a 25 anos, atingiu níveis críticos. Dados recentes mostram indicadores como sofrimento emocional, problemas de saúde mental que necessitam de cuidados e formas mais graves, persistentes ou recorrentes de doenças mentais.
Pandemia COVID-19
A pandemia da COVID-19, com suas medidas drásticas de isolamento social, veio intensificar ainda mais essa preocupante realidade.
Os fatores de risco tradicionalmente conhecidos, como maus-tratos na infância, bullying, uso de substâncias e determinantes socioeconômicos, não conseguem explicar sozinhos a escala dessa crise.
Entretanto, a crise é resultado de um conjunto complexo de transformações sociais. Eles propõem o conceito de “emerging adulthood” (idade adulta emergente) para compreender melhor essa fase de transição da puberdade para a vida adulta, que se mostra muito diferente do que era há apenas duas décadas.
A pandemia agravou ainda mais essa realidade. O isolamento social e o distanciamento afetaram profundamente a rotina, as interações e a saúde mental dos jovens. O fechamento de escolas, universidades e locais de convívio os privou de atividades essenciais, gerando solidão, ansiedade e depressão.
Incertezas sociais
Além disso, a incerteza quanto a emprego, educação e perspectivas de vida aumentou consideravelmente o estresse, especialmente entre os jovens de classes sociais mais baixas, mais afetados economicamente.
Por fim, muitos serviços de apoio e tratamento de saúde mental tiveram sua oferta reduzida ou interrompida, prejudicando o acesso a cuidados essenciais.
Portanto, a pandemia aumentou a crise de saúde mental que já vinha se agravando há anos entre a população jovem, resultado de uma combinação complexa de fatores sociais, econômicos e ambientais. Especialistas alertam ser preciso agir com urgência para mitigar essa preocupante situação.
Fonte: journals.sagepub.com