Rússia realiza exercícios nucleares táticos no Distrito Militar do Sul, que abrange o sul da Rússia europeia, incluindo a Crimeia e os quatro territórios ucranianos que se juntaram à Rússia em 2022.
O exercício envolverá a entrega de armas nucleares às tropas, o desdobramento encoberto e os preparativos para um possível ataque. A Rússia realiza exercícios nucleares táticos visando prevenir o Ocidente de tomar ações que o Kremlin considere como uma escalada de tensões na região da Ucrânia.
Isso implica que a Rússia está usando sua capacidade nuclear como uma forma de desencorajar ou intimidar o Ocidente a não se envolver de maneira mais direta, ou agressiva no conflito na Ucrânia. É uma estratégia de demonstração de força para evitar uma escalada ainda maior das hostilidades.
Ogivas e mísseis nucleares
Os exercícios utilizarão os sistemas de mísseis Iskander-M, que podem disparar mísseis balísticos e de cruzeiro com ogivas nucleares táticas. Aeronaves russas também realizarão patrulhas armadas com mísseis capazes de transportar armas nucleares, como os mísseis hipersônicos Kinzhal.
Além disso, a Rússia citou “declarações e ameaças provocativas” de líderes ocidentais como a justificativa para os exercícios, apontando para comentários de líderes como Emmanuel Macron, Hakeem Jeffries e David Cameron sobre o possível envolvimento da OTAN na Ucrânia ou ataques ucranianos dentro da Rússia.
Por fim, o governo russo retratou os exercícios como uma forma de “esfriar as cabeças quentes” no Ocidente em meio às tensões contínuas sobre o conflito na Ucrânia.