
Rússia e China pretendem se unir e construir uma indústria de semicondutores.
Deste modo, seria a única maneira de escapar das sanções tecnológicas dos EUA, e assim reuniriam conhecimentos e recursos, sem limites.
Sanções dos EUA
Os Estados Unidos impuseram recentemente uma das mais duras sanções relacionadas a semicondutores que já determinaram à China.
Usando a “regra do produto direto estrangeiro”, que proíbe o uso de tecnologia de origem americana para a parte sancionada.
Sendo assim, para países terceiros, a Casa Branca proibiu toda a indústria de semicondutores da China de utilizar equipamentos de fabricação de chips produzidos pelos EUA, em uma tentativa de desaceler sua ascensão na tecnologia de chip.
É o mesmo movimento que os EUA usaram contra a Huawei há dois anos, mas em maior escala, e demonstra a disposição do presidente Joe Biden de dobrar o confronto com Pequim, forçando-a a seguir um caminho de autossuficiência em semicondutores.
Nesse caso, a China deve, independentemente das sanções ocidentais, adotar uma perspectiva de longo prazo e reconhecer que uma integração econômica mais profunda com a Rússia é uma necessidade.
A Rússia e a China são complementares
Em primeiro lugar, a China possui capital excedente, experiência e outros recursos, com uma força de trabalho cada vez mais educada que se destaca nas áreas científicas.
Por outro lado, a Rússia possui os materiais naturais essenciais necessários para fabricar semicondutores.
A nível interno, a Rússia tem lutado para estabelecer uma indústria de chips e fez progressos limitados desde o fim da Guerra Fria.
Investimentos e intercâmbios
Enfrentando sanções ocidentais e embargos de tecnologia, a estratégia da Rússia deve ser buscar investimentos chineses em seu setor de chips, aumentar o número de intercâmbios educacionais e científicos com Pequim sobre esse assunto e priorizar estrategicamente os materiais necessários para a fabricação de chips tanto no mercado interno quanto no comércio com outros países.
É claro que essa será uma tarefa longa e difícil, já que a prioridade é construir toda uma nova cadeia de suprimentos e tecnologia de base a partir do zero.