
Imagem: pintura do teto da Capela Sistina na cidade do Vaticano por Marco Antonio Portugal e Maria Gabriela Portugal (a rachadura é uma modificação e não faz parte da obra original)
Quem irá guiar a humanidade em um mundo sem Deus? Em uma discussão provocativa sobre a natureza da realidade e da espiritualidade, o questionamento é: quem realmente poderá guiar as pessoas ao Paraíso? Essa abordagem é o oposto das religiões tradicionais. “Nós declaramos guerra ao tempo e a Deus, buscando criar um Mundo Novo, sem tempo e sem divindade.”
Essa reflexão leva à ideia de que o Deus adorado por milênios seria, na verdade, uma personificação do tempo. “Nascemos e nossa vida terrestre já está correndo, como grãos em uma ampulheta. A morte do corpo físico está sempre à nossa frente, e nosso destino é uma cadeia de causas e consequências”. Entretanto, a noção de tempo é uma ilusão persistente, já que passado, presente e futuro estão interligados em um círculo infinito.
Luz, tempo e transumanismo
No contexto da discussão sobre a natureza do tempo, a luz se revela essencial. Para compreender o tempo, é necessário desvendar os mistérios da luz, que viaja pelo vácuo do espaço a uma velocidade impressionante. A proposta de uma “viagem ao Sol” busca explorar como essa luz se propaga, levantando questões sobre nossa percepção da realidade. Assim, a discussão sobre luz e tempo se transforma em um amplo debate sobre o futuro da humanidade, desafiando-nos a reconsiderar nosso lugar no universo e o significado de nossa existência.
Nesse cenário, o transumanismo emerge como um conceito central, defendendo a fusão entre homem e máquina para aprimorar capacidades humanas. Essa filosofia promete mudanças radicais, mas também provoca debates sobre desigualdade social e acesso às tecnologias emergentes. A busca por uma vida pós-humana nos confronta com questões éticas profundas sobre nossa essência e responsabilidade em um mundo tecnológico.
No entanto, a interseção entre luz, tempo e transumanismo nos leva a refletir sobre o futuro da humanidade. À medida que exploramos os mistérios da luz e sua relação com o tempo, somos confrontados com as implicações do transumanismo, que propõe a fusão entre homem e tecnologia. Essa convergência não apenas desafia nossas definições de ser humano, mas também levanta questões éticas profundas sobre o que significa viver em uma era onde as fronteiras entre o natural e o artificial se tornam cada vez mais tênues. O que está em jogo não é apenas o nosso futuro, mas a própria essência do que significa ser humano.
Não existe Deus nas Tecno-religiões
Além disso, essa reflexão também toca em novas tecno-religiões que emergem no Vale do Silício, comparando-as a promessas históricas como as do comunismo. Entretanto, essas novas crenças prometem um Paraíso na Terra através da engenharia genética e inteligência artificial, até mesmo a imortalidade. Contudo, esse conceito provoca reflexões éticas profundas: “O que significa ser humano e o que implica ser feito à imagem de Deus?”.
No cerne dessa conversa, há um reconhecimento das limitações humanas e da necessidade de buscar ajuda divina. “Precisamos cumprir as tarefas que Deus nos deu, à luz das limitações que nos foram concedidas”.
As tecno-religiões propõem que a tecnologia possa facilitar uma nova forma de transcendência, permitindo que a humanidade alcance estados superiores de consciência por meio da integração com máquinas e inteligência artificial. Essa perspectiva levanta questões éticas e filosóficas sobre a espiritualidade e a definição do ser humano, além de estimular um debate sobre o impacto da tecnologia em nossas crenças e valores, desafiando as distinções entre o sagrado e o profano. Nesse cenário, as tecno-religiões representam uma nova fronteira na busca por sentido, onde fé e inovação tecnológica se entrelaçam, moldando o futuro da espiritualidade. Essa discussão reflete um mundo em transformação, onde tecnologia, espiritualidade e ética se conectam, desafiando as definições tradicionais de vida, morte e humanidade.