Investimento estrangeiro volta a ter o Brasil no cenário

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INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

Investimento estrangeiro, também conhecido como investimento direto estrangeiro (IDE), refere-se à alocação de recursos financeiros ou ativos por parte de investidores estrangeiros em um país diferente do seu país de origem. Esses investimentos podem ser realizados tanto por empresas como por indivíduos estrangeiros.

O investimento estrangeiro pode assumir diferentes formas, como aquisição de participação acionária em empresas locais, estabelecimento de novas operações comerciais, construção de fábricas ou instalações produtivas, investimento em infraestrutura, entre outros.

Brasil retorna ao ranking global de investimento estrangeiro

O Brasil retornou ao ranking global dos 25 países mais atrativos para investimento estrangeiro, segundo o Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro conduzido anualmente pela consultoria Kearney. Neste ano, o país ocupa a 19ª posição, após ter ficado de fora da lista em 2023. A pesquisa foi realizada em janeiro e entrevistou executivos das principais empresas do mundo.

O Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro é uma medida utilizada para avaliar a atratividade de diferentes países para investimentos estrangeiros. Quanto melhor a posição no ranking, maior é a confiança dos executivos em aplicar recursos no país. A pesquisa considera as perspectivas de investimentos dos empresários para os próximos três anos e entrevista empresas com receitas anuais iguais ou acima de US$ 500 milhões sediadas em 30 países, abrangendo diversos setores.

Em relação aos mercados emergentes, o Brasil também apresenta uma posição promissora. O país ocupa a 5ª colocação entre esses países, ficando atrás apenas da China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Índia. Vale destacar que essas oito primeiras posições são os únicos mercados emergentes incluídos no ranking mundial, liderado pelos Estados Unidos há 12 anos consecutivos.

O entusiasmo dos investidores com o Brasil está relacionado ao anúncio do ministro dos Transportes, Renan Filho, em setembro de 2023. Ele afirmou que o país esperava atrair cerca de R$ 180 bilhões em investimentos privados para projetos ferroviários e rodoviários nos próximos três anos. Além disso, o governo deverá investir cerca de R$ 80 bilhões até 2026, enquanto os investimentos do setor privado podem atingir o dobro. A ferrovia Transnordestina, em construção há 15 anos, poderia ser a chave para essa expansão.

O ranking completo dos países mais atrativos para investimentos é liderado pelos Estados Unidos, seguidos pelo Canadá, China, Reino Unido e Alemanha.

Leilões com baixa procura

Por outro lado, os leilões de concessões realizados pelos governos estaduais e pelo governo federal não tem atraído um número relevante de interessados. Ainda menos, de empresas de investimento estrangeiro.

O trem intercidades de São Paulo, que possui uma empresa chinesa na proposta vencedora, não teve concorrentes no leilão. Esse fato não é peculiar desse caso, muitos dos leilões de concessões e privatizações vêm ocorrendo com apenas um proponente. Em poucos casos, participam duas ou três empresas.

Esse fator foi motivo de questionamento e suspensão da assinatura do contrato da concessão do trem intercidades, até o julgamento do mérito.

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