A economia mundial enfrentará desaceleração do crescimento econômico nos próximos cinco anos, provocados pela pandemia e tensões políticas mundiais, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Como resultado, ocorreu uma desaceleração severa na economia global em 2022 após a pandemia de Covid-19 e o conflito na Ucrânia, isso deve continuar em 2023 e podem persistir pelos próximos cinco anos.
O PIB global crescerá cerca de 3% na próxima meia década, em comparação com uma média de 3,8% observada nos últimos 20 anos, representando o pior desempenho econômico em mais de três décadas.
O FMI espera que o PIB global cresça menos de 3% este ano, o que está em linha com sua projeção de janeiro de 2,9%.
No ano passado, o crescimento global quase caiu pela metade após uma recuperação inicial pós-pandêmica em 2021, caindo de 6,1% para 3,4%, alerta o relatório do FMI World Economic Outlook, que deverá ser divulgado em 11 de abril.
Ademais, 90% das economias avançadas provavelmente experimentarão um declínio em sua taxa de crescimento este ano. Com a atividade nos EUA e na zona do euro atingida por taxas de juros mais altas.
Aumento das tensões geopolíticas e inflação alta
“Com o aumento das tensões geopolíticas e com a inflação ainda alta, uma recuperação robusta permanece indescritível”. Isso prejudica as perspectivas de todos, especialmente para as pessoas mais vulneráveis e os países mais vulneráveis”, acrescentou o FMI.
Contudo, o FMI alertou contra a fragmentação econômica decorrente de tensões geopolíticas e pediu aos países que tomem medidas para aumentar a produtividade global.
Ainda conforme o FMI, o aumento da inflação, que enfrentam a maioria das nações do mundo, forçaram os bancos centrais a continuar aumentando as taxas de juros, aumentando a pressão sobre o setor bancário, apesar da incerteza financeira após a recente turbulência com credores nos EUA e na Suíça.
Entretanto, o FMI advertiu a comunidade mundial a “estar vigilante e mais ágil do que nunca”, acrescentando que os reguladores podem se deparar com escolhas mais complicadas para proteger o sistema financeiro em meio à inflação persistente e aos desafios do setor bancário.
Principalmente, a desintegração de longo prazo no comércio global, como restrições aos fluxos de capital e cooperação internacional, bem como restrições à migração, podem reduzir o PIB global em até 7% ou US$ 7 trilhões, equivalendo à produção anual combinada da Alemanha e do Japão.