Colapso hipotecário iminente no Reino Unido
Os atrasos atingiram o máximo em sete anos devido ao aumento das taxas de juros e ao desemprego.
Empréstimos atrasados
Um número crescente de famílias britânicas está atrasando os pagamentos dos empréstimos, com os atrasos nas hipotecas a saltarem 13% no segundo trimestre do ano, para o nível mais elevado desde 2016, mostraram dados do Banco de Inglaterra.
Entretanto, os valores dos empréstimos à habitação com pagamentos atrasados aumentou para 16,9 bilhões de libras (21,1 bilhões de dólares), um aumento de 29% em relação ao ano anterior, uma vez que o aumento das taxas de juro e o desemprego nos últimos meses pressionaram os rendimentos disponíveis das famílias.
“A velocidade com que os atrasos nas hipotecas estão aumentando é assustadora e deve dar motivo a uma pausa na próxima reunião sobre taxas de juro do Banco de Inglaterra”, disse Lewis Shaw, fundador da Shaw Financial Services, com sede em Mansfield, à agência de notícias Newspage.
Entretanto, Shaw alertou que um “colapso hipotecário” estava por vir, a menos que o regulador mudasse a sua abordagem.
O Banco de Inglaterra aumenta as taxas de juro num esforço para conter o aumento da inflação, o que agravou a crise do custo de vida no país. No entanto, isto torna o reembolso dos empréstimos à habitação mais caro, uma vez que os detentores de hipotecas estão pagando juros mais elevados.
Aumento das taxas de juros
O Banco de Inglaterra aumenta as taxas de juro num esforço para conter o aumento da inflação, o que agravou a crise do custo de vida no país.
No entanto, isto torna o reembolso dos empréstimos à habitação mais caro, uma vez que os detentores de hipotecas pagam juros mais elevados.
“Estes são dados terríveis, e sabemos que a situação está prestes a piorar muito, com 1,6 milhão de detentores de hipotecas prestes a renovar nos próximos 12 meses a taxas significativamente mais altas do que qualquer pessoa estava acostumada há mais de uma década”, acrescentou Shaw.
Contudo, os dados mostraram que os empréstimos hipotecários também diminuíram no segundo trimestre do ano, com os adiantamentos brutos a caírem em 7,8 bilhões de dólares, para 65,3 bilhões de dólares.
Os empréstimos diminuíram quase um terço em termos anuais, para o nível mais baixo desde o pior colapso do crédito causado pela Covid-19 no segundo trimestre de 2020.
Colapso pode acontecer no Brasil?
O Brasil deve ficar em alerta e começar a prestar mais atenção, pois o que acontece no Reino Unido pode ser um prenúncio do que pode acontecer no Brasil nos próximos anos. Afinal de contas, o Covid, o desemprego, aumento da taxa de juros afetaram o mundo todo.