Seja verde, vá à falência: “Energia limpa” falha em um teste econômico básico

As empresas continuam fazendo investimentos em projetos de energias renováveis, porém o mercado de ações demonstra um desinteresse significativo.

Os valores de mercado de empresas de energia limpa despencaram, com índices como o ETF iShares Global Clean Energy e o ETF Invesco Solar sofrendo quedas significativas.

O aumento das taxas de juros é apontado como o principal culpado por essas dificuldades, ao elevar os custos, reduziu o entusiasmo dos consumidores, resultando em quedas nas avaliações das ações das empresas do setor.

Empresas solares, como a SolarEdge e a Enphase Energy, estão enfrentando uma queda na demanda por seus produtos.

Além disso, a gigante da energia eólica, Orsted, está sofrendo com desvalorizações em seus projetos eólicos offshore nos EUA, o que afetou negativamente suas ações.

Na Alemanha, a sabotagem do Nord Stream e a geopolítica energética levaram a uma descrença em relação à meta de obter 80% da eletricidade a partir de fontes renováveis até 2030.

Na Suíça, mesmo sendo um exemplo de eliminação progressiva da energia nuclear, estão considerando a ideia de estender a vida útil das usinas nucleares até 2040.

Nos Estados Unidos, o desaparecimento de projetos eólicos é apenas uma amostra dos desafios enfrentados pelas ambições climáticas do presidente Joe Biden.

A inflação, altas taxas de juros e problemas na cadeia de abastecimento estão afetando os projetos de energia limpa, mesmo com a ajuda federal de US$ 369 bilhões provenientes da lei climática.

Até mesmo grandes montadoras, como Ford e General Motors, estão adiando projetos de veículos elétricos devido à tempestade econômica.

Custos elevados = Metas ameaçadas

Os custos estão aumentando rapidamente, e os planos verdes estão enfrentando dificuldades. As metas climáticas estão se confrontando com a realidade, e não são apenas as calotas polares que estão sofrendo as consequências.

A energia limpa está enfrentando uma queda significativa, resultando em perdas financeiras e falta de confiança dos investidores.

O valor do índice S&P Global Energy caiu pela metade desde 2020, refletindo um declínio dramático. O setor de energia limpa está enfrentando desafios, com o S&P Global Clean Energy Index registrando uma queda de 30% em 2023 e uma saída de investimentos considerável.

Contudo, o atual clima econômico, incluindo altas taxas de juros, custos crescentes e problemas na cadeia de abastecimento, é apontado como responsável por essa situação.

Além disso, a concorrência da China, que oferece alternativas solares com preços acessíveis, também afeta o mercado de energia limpa.

As margens operacionais do setor estão sendo reduzidas, e a redução das metas de crescimento da NextEra Energy Partners abalou a confiança nas energias renováveis.

Falta de confiança

Esses desafios levaram a uma falta de confiança geral no setor de energia limpa, com repercussões negativas em sua imagem e perspectivas futuras.

A moral da história é que ser ecologicamente correto não é apenas uma questão de salvar o planeta, mas também envolve custos significativos.

Com a queda das ações de energias renováveis, os analistas se perguntam se é hora de comprar ou se o sonho verde acabou de vez.

É irônico que Greta Thunberg esteja enfrentando críticas por apoiar Gaza, encontrando-se no meio de uma onda de cancelamento cultural.

Isso se assemelha ao tweet que ela apagou rapidamente, onde profetizava o Armagedom e alertava que a mudança climática poderia “destruir a humanidade” a menos que parássemos magicamente de usar combustíveis fósseis até o grandioso prazo de 2023. A ironia é densa, assim como a poluição atmosférica em Pequim.

Parece que até mesmo os defensores fervorosos do meio ambiente não podem escapar da realidade implacável do mercado.

Fonte: RT

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