Fechamento de lojas: como vão ações do varejo na bolsa?

FECHAMENTO LOJA

Fechamento de lojas, sejam pontuais ou todas de uma rede, tem sido notícia frequente nos últimos meses.

Recordemos alguns dos principais casos:

Etna

Em março de 2022 a rede de megalojas de móveis e itens de decoração anunciou o fechamento de sua rede de lojas em todo Brasil.

Extra Hiper

A marca que pertencia ao Grupo Pão de Açúcar teve seu fim anunciado ao final de 2021. Porém, somente em meados de 2022 que começou se dar o destino das lojas remanescentes.

Algumas delas, como por exemplo o Extra Hiper da Ricardo Jafet, na zonal sul de São Paulo, tornou-se um Mercado Extra.

Apesar da similaridade entre as marcas, o Mercado Extra figura no conceito de mercado, lojas menores. Entretanto, em alguns desses imoveis ocupa praticamente o mesmo espaço do antecessor Extra Hiper.

BIG Bompreço

Adquirido pelo Carrefour ao final de 2022, apenas parte das lojas puderam ser mantidas, porém todas convertidas em lojas Atacadão.

Assim, para atender condicionante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre essa aquisição, parte das lojas tiveram que ser vendidas, sendo algumas levadas ao fechamento.

Forever 21

Marca americana, com novos proprietários, que decidiram tirar o Brasil da lista de países onde a marca atuará. Assim, a empresa foi fechada por aqui em junho de 2022.

Porém, antes disso, a empresa já passava por uma série de ações na justiça pelo não pagamento de aluguéis de imóveis.

C&A

A empresa tem passado por dificuldades financeiras, agravadas a partir de 2021, em reflexo ao fechamento compulsório de lojas para combater a pandemia do covid-19.

Em paralelo surgiram rumores sobre sua venda para Renner, o que significaria sua saída em definitivo do Brasil. Contudo, tal transação não foi confirmada pelas empresas.

Telhanorte e C&C

Concorrentes do varejo de materiais de construção, sendo a primeira pertencente ao grupo francês Saint-Gobain e a segundo, uma empresa familiar, ambas estão à venda desde o final de 2022.

Antes disso, desde 2020, o Telhanorte havia começado a abrir uma série de lojas de bairro, menores que seu padrão de megaloja, chamadas de Telhanorte Já.

Ações na bolsa

No momento em que surgem mais notícias que afetam o setor de varejo, a começar pelo caso da Americanas no início desse ano, direciona os olhares para as ações das empresas desse setor na bolsa de valores.

Outras empresas, algumas não listadas na bolsa, tem engrossado esse caldo de má fase do setor de varejo.

Somente em 2023, após Americanas, já viraram notícias Riachuelo, Marisa, Tok&Stok, Marisa e Centauro.

O subsetor comércio, do setor de consumo cíclico, conforme classificação da bolsa de valores B3, possui atualmente 17 empresas listadas.

Vejamos o quadro de desempenho dessas empresas na bolsa nos últimos 12 meses:

CódigoNomeValor R$Variação
AMER3Americanas1,05-96,76%
AMAR3Lojas Marisa0,70-76,67%
ESPA3Espaço Laser1,24-69,76%
GUAR3Guararapes Confecções S/A (Riachuelo)3,72-67,96%
ALLD3Allied Tecnologia S/A5,05-62,12%
SBFG3Grupo SBF (Centauro)8,95-61,00%
PETZ3Petz6,92-60,84%
CEAB3C&A Modas2,01-60,36%
LJQQ3Lojas Quero-Quero3,88-50,89%
VIIA3Via (Casas Bahia e Ponto)1,96-49,79%
MGLU3Magazine Luiza3,61-42,79%
SLED3Saraiva7,31-33,48%
SOMA3Grupo De Moda Soma S/A (Hering)8,98-31,45%
LREN3Lojas Renner19,01-24,68%
CGRA3Grazziotin S/A29,00-19,67%
ARZZ3Arezzo Indústria e Comércio74,64-6,92%
VSTE3Veste S/A Estilo (Le Lis Blanc)12,60-2,02%
Posição em 24/02/2023

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