ESG impulsiona demanda por projetos sustentáveis

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ESG

ESG é uma sigla em inglês que se refere a práticas ambientais, sociais e de governança (Environmental, Social and Governance, em inglês).

Esses são os três pilares que compõem a avaliação de empresas sob uma perspectiva sustentável e ética.

  • Ambiental (E) diz respeito às práticas da empresa em relação ao meio ambiente, tais como a gestão de emissões de gases de efeito estufa, gestão de resíduos e de recursos hídricos, entre outras.
  • Social (S) abrange questões relacionadas à responsabilidade social da empresa, como a igualdade de gênero, diversidade, inclusão, direitos humanos, segurança e saúde ocupacional, entre outros.
  • Governança (G) se concentra na estrutura de governança da empresa, incluindo a gestão de riscos, a transparência na tomada de decisões, o combate à corrupção e a responsabilidade fiscal.

As práticas ESG estão cada vez mais sendo consideradas pelos investidores como uma forma de avaliar a sustentabilidade a longo prazo das empresas.

Desse modo, também é uma forma de incentivar as empresas a adotarem práticas mais responsáveis e éticas.

ESG no Brasil

Ambiensys, grupo especializado em soluções ambientais, registrou um crescimento de 40% ao ano na demanda por projetos sustentáveis para empresas que buscam desenvolver ações ligadas a ESG.

Segundo Ricardo Barros, CEO da Ambiensys, foi necessário aumentar o portfólio de serviços para atender às novas demandas, tanto dos antigos clientes quanto dos novos que chegaram com o desejo de implementar boas práticas em seus negócios.

“Entre 2020 e 2023, aumentamos consideravelmente nosso portfólio por conta de demandas de clientes existentes ou de conhecidos que indicaram a Ambiensys por ser referência em gestão ambiental. Tivemos que desenhar alguns produtos, principalmente a consultoria em ESG, o inventário de emissões e a comercialização de créditos de carbono”, comenta Barros.

Desse modo, os dados corroboram uma tendência já evidente no mercado brasileiro: as empresas estão se adaptando a uma nova realidade e se mostram cada vez mais comprometidas com a agenda sustentável.

De acordo com um levantamento realizado pela Russell Reynolds Associates, 50% dos líderes de alto escalão das empresas brasileiras planejam incorporar a sustentabilidade em todas as suas estratégias de negócios nos próximos cinco anos, enquanto a média em outros países é de 39%.

O levantamento ainda indica que 50% desses líderes nacionais já adotaram uma estratégia de sustentabilidade, enquanto a média global é de 43%.

Documento da ONU é guia para o ESG nas empresas 

Desse modo, para se adaptar a essa nova realidade, as organizações buscam estar cada vez mais alinhadas com a Agenda 2030.

Firmado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, o documento define 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que servem como base para as companhias desenvolverem uma agenda ESG verdadeiramente eficiente.

Os projetos realizados pela Ambiensys contemplam 11 dos 17 ODS. Possuem foco e experiência voltados para:

  • água potável e saneamento,
  • cidades e comunidades sustentáveis,
  • consumo e produção sustentáveis,
  • ação contra a mudança global do clima,
  • vida na água e vida terrestre.

Os serviços que beneficiam a gestão sustentável da água, por exemplo, incluem:

  • Projetos de reuso de água pluvial,
  • Construção de estações de tratamento de efluentes e efluentes de alta complexidade,
  • Tratamento de chorume em aterros sanitários e indústrias, entre outros.

Já no combate às alterações climáticas, o serviço de gestão de emissões inclui o inventário de emissões e a redução ou até mesmo a neutralização dos Gases de Efeito Estufa (GEE) emitidos por uma empresa.

A Ambiensys ainda conta com projetos próprios em sua agenda ESG.

Em alguns deles, promove a doação de alimentos e produtos de clientes. Junto a população, realiza mutirões de limpeza e ações de conscientização sobre o descarte adequado de resíduos.

Soluções ambientais beneficiam o meio ambiente e geram economia

Assim, quando optam por um projeto sustentável, além de ajudarem o meio ambiente e melhorarem sua imagem pública, as empresas têm benefícios econômicos.

Segundo Barros, um projeto de gestão de resíduos implementado de forma inteligente pode gerar uma economia de até 80% para uma empresa.

“Temos um case interessante de uma multinacional de supermercados, quando diminuímos a quebra de produtos em 50% usando inteligência de compra e de logística. Além de descartar menos resíduos, também foi possível doar muitos produtos”, conta o CEO da Ambiensys.

“Outro case de gestão de desperdício é de uma petrolífera, quando atuamos numa plataforma offshore. Com nossa logística de limpeza, reduzimos o tempo dos navios no porto e os custos da empresa em 80%”, complementa.

Assim, faltando apenas sete anos para o final do prazo da Agenda 2030, o Brasil revela cada vez mais o seu potencial.

Nesse sentido, o país pode se destacar em ser um dos países mais sustentáveis do mundo, sem deixar de ser produtivo. O caminho para isso, no entanto, ainda é longo.

Por fim, para a Ambiensys, os pontos mais importantes para avançar nessa agenda são:

  • Regulamentação do mercado de carbono no país.
  • Transparência das ações de sustentabilidade nas empresas, que evita o greenwashing e eleva a imagem da organização diante de seus stakeholders.

“Em 2023, também prevemos que assuntos ligados à descarbonização e soluções baseadas na natureza serão uma tendência, além da geração de energia a partir dos resíduos. Em paralelo, os biocombustíveis estarão em alta, com a produção de biometano a partir de resíduos orgânicos específicos. Estamos desenvolvendo um projeto em conjunto com grandes empresas para oferecer essa solução”, conclui Barros.

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