Dívida dos EUA atinge máxima histórica

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O recorde foi alcançado apenas duas semanas depois que o governo recebeu permissão para continuar tomando empréstimos sem limites até 2024.

Dívida nacional dos EUA ultrapassou o recorde de US$ 32 trilhões

A dívida nacional dos EUA ultrapassou o recorde de US$ 32 trilhões pela primeira vez nesta semana, segundo dados divulgados pelo Departamento do Tesouro.

O recorde foi alcançado menos de duas semanas depois que o presidente Joe Biden assinou um projeto de lei que suspendeu o limite de dívida de US$ 31,4 trilhões de Washington, evitando o que teria sido o primeiro calote da dívida dos EUA. 

A medida permitiu ao governo do país tomar empréstimos ilimitados até 1º de janeiro de 2025, quando termina a suspensão do teto da dívida. 

Isso significa que o governo pode continuar a pagar por serviços domésticos, como previdência social e assistência médica, tomando dinheiro emprestado no exterior e acumulando efetivamente ainda mais dívidas.

O teto foi descartado após repetidas advertências do Tesouro dos EUA de que, a menos que a medida fosse tomada, o país não cumpriria suas obrigações. 

O limite de empréstimos foi atingido em janeiro, e o Tesouro tinha um arsenal limitado de medidas que poderia implementar para evitar a inadimplência, que deveria acontecer no início de junho. 

As advertências provocaram um acalorado debate de meses entre republicanos e democratas sobre as prioridades de gastos, o que colocou em risco a aprovação da medida.

No primeiro dia útil após a eliminação do teto da dívida, os empréstimos federais subiram cerca de US$ 400 bilhões.

O que diziam as previsões?

Conforme o New York Times, a marca de US$ 32 trilhões foi alcançada nove anos antes do que as previsões da pandemia pré-Covid-19 haviam projetado. 

Especialistas dizem que, para evitar outra crise, o governo precisa enfrentar os fatores que impulsionam a dívida.

“À medida que ultrapassamos os US$ 32 trilhões, já é mais do que hora de abordar os impulsionadores fundamentais de nossa dívida, sendo o crescimento obrigatório dos gastos e a falta de receitas suficientes para financiá-los”, disse a Fundação Peter G. Peterson.

Conforme as projeções da fundação, os EUA poderiam acumular outros US$ 127 trilhões em dívidas nos próximos 30 anos, com custos de juros ocupando cerca de 40% das receitas federais do país até 2053.

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