A Venezuela, após um período de intensa campanha eleitoral e diversas disputas políticas, conheceu finalmente os resultados das eleições presidenciais de 2024. Com uma participação massiva da população, a votação trouxe uma clara decisão do eleitorado, que tem profundas implicações tanto no cenário nacional quanto no internacional.
Resultados das Eleições
O candidato do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Nicolás Maduro, que buscava a reeleição, obteve 51,2% dos votos, consolidando-se como o vencedor.
Já a oposição contesta esse resultado, alegando irregularidades. O candidato derrotado, Edmundo González, considera que foi o vencedor com 70% dos votos e Maduro, 30%. Esse mesmo resultado vinha sendo veiculado por pesquisas de boca de urna.
Maria Corina Machado, que teve sua candidatura às eleições vetada, autodeclarou Edmundo González vencedor das eleições desse domingo.
Assim, em um tom claro de insatisfação, a oposição ao regime de Nicolás Maduro enfatiza que não reconhece os resultados oficiais das eleições na Venezuela.
Repercussão Internacional
As eleições na Venezuela têm gerado grande repercussão internacional. O Conselho Eleitoral Nacional do país declarou que o presidente Nicolás Maduro venceu com 51,2% dos votos, mas a oposição contesta esses resultados, afirmando que obteve 70%. Esse conflito de resultados tem sido um ponto central de discussão.
Além disso, as posições dos líderes internacionais também são relevantes. A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, enfatizou que a vontade do povo venezuelano deve ser respeitada. Por sua vez, o presidente chileno, Gabriel Boric, pediu transparência nos resultados eleitorais.
Já o presidente da Argentina, mantendo sua linha de repúdio ao governo venezuelano, afirmou que a Argentina não irá reconhecer mais essa fraude eleitoral.
Outros países da América do Sul seguem nesse mesma linha. Peru, Colômbia e Uruguai também demonstram o mesmo tom de indagação sobre a legitimidade de mais um mandato de Maduro.
O governo do Brasil ainda não se declarou sobre os resultados, o que deve ser esperado para ocorrer ao longo de hoje. Celso Amorim, Assessor-Chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil, único representante do país nas eleições da Venezuela, ainda não se manifestou sobre os resultados.
Apoiadores
Presidentes de países como Rússia, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua, manifestaram-se sobre a eleição presidencial na Venezuela.
A Rússia, em nota do Kremlin, informou que o presidente Vladimir Putin enviou uma mensagem de felicitações a Nicolás Maduro pela sua vitória eleitoral, destacando o desenvolvimento de relações em diversas áreas entre os dois países. A presidente de Honduras, Xiomara Castro, parabenizou Maduro e o povo venezuelano pelo “triunfo incontestável” que reafirma a soberania do país e o legado de Hugo Chávez. O presidente da Bolívia, Luis Arce, também saudou a “festa democrática” e o respeito à vontade do povo venezuelano nas urnas. O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, felicitou Maduro por essa “vitória histórica” e reafirmou o compromisso de Cuba com a Revolução Bolivariana e Chavista. Por fim, a Nicarágua, em “fraternidade revolucionária e evolucionária”, saudou a “grande vitória” do povo venezuelano no aniversário do “Comandante Eterno” Hugo Chávez.
Já a China, outro país dito como aliado do governo de Maduro, manifestou-se por meio do porta-voz de seu Ministério das Relações Exteriores, Lian Jian. O país declarou reconhecer a vitória de Maduro e cumprimentou o presidente venezuelano.