Petrobras reativará fábrica de fertilizantes no Paraná

Petrobras reativará fábrica de fertilizantes no PR, previsão de operação ficou para segundo semestre de 2025.

A Petrobras aprovou o retorno das atividades operacionais da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), no Paraná, subsidiária integral da companhia.

Os procedimentos necessários à retomada da fábrica serão iniciados imediatamente. Entretanto, com a decisão, a companhia autoriza também que a Ansa celebre acordo e efetue a contratação dos antigos empregados, condicionada à homologação do acordo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A operação tem previsão de ter início no segundo semestre de 2025.

Diante da revisão das diretrizes estratégicas da companhia aprovadas no ano passado, o investimento na produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras, conforme plano Estratégico 2024 – 2028.

Situada ao lado da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), a Ansa possui capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia, além de 450 mil m³/ano do agente redutor líquido automotivo (ARLA 32).

Tanto os acordos trabalhistas quanto a realização das licitações e contratações ficaram condicionados a uma nova deliberação da Diretoria Executiva, quando os procedimentos estiverem definidos. 

Paralisação

A Petrobras aprovou a paralisação da fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados em janeiro de 2020, gerando a demissão de 396 empregados.

Entretanto, a empresa afirma que, desde a aquisição da unidade em 2013, ela apresentou prejuízos recorrentes, com perdas aproximadas de R$ 250 milhões de janeiro a setembro de 2019. Além disso, as previsões para 2020 sugeriam que o resultado negativo poderia ultrapassar R$ 400 milhões.

Na época, a Petrobras explicou que a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) estava mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia). Contudo, a empresa informou que não conseguiu vender a fábrica e decidiu que a unidade permaneceria hibernada “em condições que garantam total segurança operacional e ambiental, além da integridade dos equipamentos”.

Fonte: EBC