Peru declara emergência de saúde devido à Síndrome de Guillain-Barre
O Peru declarou estado de emergência em meio a um aumento nos casos de uma doença autoimune, chamada de síndrome de Guillain-Barre.
Quase 200 casos foram relatados nos últimos meses, contudo foram gastos mais de US$ 3 milhões para adquirir medicamentos para tratamento.
Emergência de 90 dias
Segundo o Ministério da Saúde, o estado de emergência permitirá ao Centro Nacional de Abastecimento de Recursos Estratégicos de Saúde a aquisição de imunoglobulina para o tratamento durante os próximos dois anos.
Segundo dados oficiais, 182 casos foram registrados no Peru até o momento. Desses, 31 permanecem no hospital e 147 receberam alta. Quatro pessoas já morreram desde janeiro.
O que diz a OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve a síndrome de Guillain-Barré como uma condição rara na qual o sistema imunológico de uma pessoa ataca os nervos periféricos. Isso leva à perda temporária do controle muscular, bem como à ausência da capacidade de sentir dor, temperatura ou toque.
Segundo a OMS a maioria dos pacientes se recupera totalmente sem complicações.
No entanto, a síndrome de Guillain-Barré pode ser fatal, especialmente quando os músculos do peito são afetados, dificultando a respiração. A condição também pode tornar o paciente incapaz de falar ou engolir.
Entretanto, nesses casos extremos, os pacientes são colocados em unidades de terapia intensiva para monitoramento constante.
Portanto, em média, 3% a 5% dos portadores acabam morrendo de complicações.
Vacina do COVID
A doença é iniciada por infecção bacteriana ou viral, por administração de vacina ou cirurgia.
Contudo, a síndrome de Guillain-Barré ocorre especificamente em pacientes com o vírus da Zika e HIV.
Gostaria de lembrar que recentemente ocorreu a vacinação em massa de vacina da COVID-19, iniciada em 2020.
Atualmente não há cura para a síndrome de Guillain-Barré, a única opção é simplesmente aliviar os sintomas e tentam diminuir a duração da doença.