Perdeu mané, não amola
Perdeu mané. Talvez provavelmente não há, hoje, expressão mais patética do que essa na atualidade brasileira.
A expressão, que ficou famosa ao ser recentemente pronunciada em uma situação inesperada, como reação de uma figura pública, ainda mais inesperada, ganha, hoje, um tom mais amargo.
Ou apimentado, ao gosto do Pokolt, um prato típico croata.
Perdeu mané
Sim, o Brasil sai da Copa do Mundo nas quartas de finais, mais uma vez.
Sobre o jogo em si, o que dizer?
Um gol de vantagem obtido inesperadamente, já na prorrogação, acompanhado de um gol de empate, ainda mais inesperado.
De ambos os lados, nenhum lance exitoso, emociante. Em suma, um jogo básico.
O cansaço certamente abraçou os jogadores, em especial do lado brasileiro.
Loteria
Na disputa dos pênaltis, que muitos classificam como uma loteria, prevaleceu a tranquilidade do lado croata.
Do lado brasileiro não se viu, nitidamente, nenhuma estratégia, nenhum preparo para essa situação.
Neymar ficou para o último da série, e nem teve que bater. Perdeu antes.
Talvez essa tenha sido a estratégia, preservar o melhor batedor para o final.
Por outro lado, abrir a série logo com o que se tem de melhor poderia intimidar o adversário.
Por fim, não foi assim.
De volta para casa
Assim, o grupo se desfaz. Sem possibilidade de disputar a final, tão pouco um terceiro lugar.
De volta para casa, como coadjuvantes de uma festa em que não brilharam.
Por outro lado, que fase encontra-se o Brasil. Há 40 dias em protestos em frente aos quartéis por todo país.
Essa disputa sim, pior, sequer há certeza se irá para os pênaltis. Ninguém sabe como irá terminar.
Quem sabe, dessa vez, os coadjuvantes dessa verdadeira luta brilhem no final.