Pentágono revela epidemia de overdose de drogas
O Pentágono teria admitido, em resposta a perguntas do Congresso, que mais de 15.000 membros do serviço militar dos EUA que sofreram de overdose de drogas ilícitas nos últimos cinco anos, e 332 desses casos resultaram em morte.
Os dados foram disponibilizados esta semana a cinco senadores dos EUA, liderados pelos democratas de Massachusetts.
Os senadores escreveram ao secretário de Defesa americano, em setembro passado, exigindo informações sobre overdoses nas Forças Especiais, depois que a revista revelou que até 30 soldados americanos morreram de overdose em Fort Bragg em 2020 e 2021.
Fort Bragg é uma base na Carolina do Norte, quartel-general das forças especiais americanas.
Opioides sintéticos
O fentanil é um opioide sintético, utilizado como medicação para a dor, entretanto foi responsável por mais da metade das mortes por overdose de militares, disse o Pentágono.
Na verdade, as mortes por opioides sintéticos mais do que dobraram desde 2017, seguindo uma trajetória semelhante à crise geral das drogas nos Estados Unidos.
Overdose de civis e militares
Sendo que os EUA tiveram quase 107.000 mortes por overdose de civis em 2021, incluindo mais de 71.000 ligadas ao fentanil, segundo dados do CDC.
As mortes por overdose dos militares também se comparam às da população civil de outras maneiras.
Por exemplo, 96% dos que morreram eram soldados alistados, e não oficiais, assim como a grande maioria dos casos civis envolve pessoas sem diploma universitário.
A esmagadora maioria dos militares que morreram de overdose de drogas eram homens com menos de 33 anos.
Houve altas concentrações de overdoses em bases que abrigam soldados de infantaria do Exército, e outros soldados de elite, alegando que isso provavelmente não é coincidência.
Afinal, essas formações suportaram quase todo o peso da última década de guerra no Afeganistão e em outros países.