ONU alerta o mundo para um conflito global

CONFLITO GLOBAL

O mundo está mais perto do que nunca de um conflito global, alertou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, nesta segunda-feira. 

As nações precisam acordar se esperam preservar a paz, disse António Guterres.

“As perspectivas de paz continuam diminuindo. As chances de uma nova escalada e derramamento de sangue continuam crescendo”, disse Guterres, denunciando a falta de visão estratégica” e “tendências” que impedem os tomadores de decisão política de dar passos na direção certa.

“Esse pensamento de curto prazo não é apenas profundamente irresponsável – é imoral”, argumentou Guterres, acrescentando que políticos e empresários ficaram muito concentrados em se apegar ao poder e a seus ciclos de negócios.

O secretário-geral também criticou a erosão da lei e da ordem internacionais com base nos princípios da ONU, que, segundo ele, levaram ao lamentável estado atual das coisas.

“Se todos os países cumprissem suas obrigações sob a Carta da ONU, o direito à paz seria garantido” observou ele, conclamando os membros da ONU a “transformar nossa abordagem à paz, renovando o compromisso com a Carta, colocando os direitos humanos e a dignidade em primeiro lugar, com a prevenção no coração.”

Precisamos acordar e começar a trabalhar”, disse Guterres, acrescentando que 2023 colocou a humanidade diante de uma “confluência de desafios sem igual em nossas vidas”.

Relógio do Juízo Final

O chefe da ONU também apontou para que os cientistas mudaram o simbólico “relógio do Juízo Final”, que reflete a potencial aniquilação da humanidade, para 90 segundos antes da meia-noite, o mais próximo que já esteve de um possível Armagedom.

Conflito Rússia Ucrânia

As palavras do chefe da ONU vieram depois que os EUA e seus aliados prometeram enviar dezenas de tanques de guerra modernos de design ocidental para a Ucrânia em meio ao conflito em andamento entre Moscou e Kiev. 

Entretanto, o Pentágono também anunciou o fornecimento às forças ucranianas de munições com alcance de 150 quilômetros, acrescentando que isso permitiria a Kiev usá-las como bem entendesse.

Afinal, Moscou já alertou repetidamente que o fornecimento contínuo de armas à Ucrânia pelos EUA e seus aliados corre o risco de uma escalada adicional que pode se transformar em um conflito direto entre a Rússia e a OTAN.

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