O caso da startup que prometia a eterna juventude

O caso da startup que prometia a eterna juventude.

Em 2017, na Califórnia, a startup Ambrosia Health prometia um tratamento revolucionário de rejuvenescimento por meio da infusão de sangue de doadores jovens. Liderada pelo médico Jesse Karmazin, a empresa atraiu cerca de 140 pacientes dispostos a pagar de US$ 8 mil a US$ 12 mil pelo procedimento.

Porém, a ambiciosa proposta da Ambrosia Health logo encontrou resistência das autoridades reguladoras. Em fevereiro deste ano, a FDA (Agência Reguladora de Alimentos e Medicamentos dos EUA) emitiu um comunicado afirmando que “não há benefícios clínicos comprovados da infusão de sangue de doadores jovens” para combater o envelhecimento, e que o procedimento apresenta “riscos associados” como alergias, infecções e problemas cardiovasculares.

Entretanto, após o alerta da FDA, a Ambrosia Health interrompeu imediatamente seus tratamentos, revelando um dos principais desafios das startups de saúde (healthtechs): a necessidade de comprovar, por meio de pesquisa científica rigorosa, a eficácia e a segurança de seus métodos inovadores.

Contudo, a obsessão dos negócios inovadores da região de São Francisco com a imortalidade virou até tema na série de televisão “Silicon Valley”, com o guru Gavin Belson sendo seguido por um garoto doador de sangue. O citado experimento com ratos aqueceu o interesse pelo “sangue rejuvenescedor.”

Agora fica a curiosidade em saber quem foram os “pacientes” que se voluntariaram ao polêmico tratamento.

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