Número de sem-abrigo nos EUA atinge novo recorde

Número de sem-abrigo nos EUA atinge novo recorde. O aumento do número de sem-teto nos Estados Unidos é um problema alarmante. Com 771.000 pessoas sem moradia, o país enfrenta uma crise que afeta desproporcionalmente famílias, crianças e comunidades marginalizadas. O crescimento de 18% em relação ao ano anterior ressalta a gravidade da situação, especialmente em um contexto marcado por aluguéis crescentes e a falta de habitação acessível.

Fatores que contribuem para a crise

Vários fatores contribuem para essa crise. O aluguel médio subiu 20% em três anos, tornando difícil para muitos sustentarem uma moradia estável. Além disso, a conclusão de programas de assistência à pandemia, que ajudaram famílias durante momentos críticos, agravou ainda mais o cenário. Entretanto, a desigualdade socioeconômica, com salários estagnados e inflação crescente, também desempenha um papel significativo, enquanto o racismo sistêmico e desastres naturais criam novos desafios.

O impacto nas famílias é devastador. O número de crianças desabrigadas aumentou 33%, levando a quase 150.000 crianças sem teto em janeiro. Ademais, o crescimento de 39% no número de indivíduos em famílias com crianças que dependem de abrigos destaca uma crise humanitária em potencial que exige atenção urgente.

Desafios da falta de moradia e preços abusivos

Em resposta, o governo Biden prometeu aumentar o financiamento para habitação popular e expandir serviços voltados para a prevenção da falta de moradia. No entanto, defensores da causa argumentam que reformas mais abrangentes são necessárias. Isso inclui proteções para inquilinos, que poderiam limitar despejos e aumentos abusivos de aluguel, além de controles de aluguel para coibir a escalada de preços. Também é fundamental focar em serviços de saúde mental, que atendam às necessidades de dependência química.

Além disso, desafios legais complicam ainda mais a situação. Decisões judiciais, como a que permite que cidades proíbam moradores de rua de dormir ao relento, dificultam a busca por soluções efetivas. Com mais de 100 jurisdições adotando medidas semelhantes, a abordagem para lidar com a falta de moradia tende a ser mais punitiva do que preventiva.

Diante desse cenário, a crise de sem-teto nos EUA exige uma resposta rápida. É essencial ir além de medidas temporárias e abordar as causas estruturais do problema, promovendo soluções sustentáveis. O desafio é grande, mas a necessidade de ação é ainda maior.