Macron alerta para uma crise na UE, que enfrenta uma “ameaça existencial” de inimigos internos e externos.
Em um discurso durante sua visita de Estado à Alemanha, o presidente francês Emmanuel Macron advertiu que a União Europeia (UE) enfrenta um número recorde de “inimigos” tanto dentro quanto fora do bloco, representando uma ameaça existencial.
Falando ao lado do presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, Macron afirmou que “nossa Europa pode morrer” se essas forças inimigas não forem contidas. Ele fez um apelo por votos nas próximas eleições europeias em apoio a partidos pró-UE, argumentando que a ascensão de nacionalistas europeus põe a própria democracia em risco.
“Existe uma forma de fascínio pelo autoritarismo que nasce nas nossas próprias democracias… que também alimenta o nacionalismo e outros extremos no nosso continente”, disse Macron.
O presidente francês pintou um quadro sombrio no qual esses “nacionalistas” que entrassem no governo teriam fracassado no combate à COVID-19 e não teriam mostrado capacidade de lidar com desafios como migração e mudanças climáticas. Ele também alegou que esses grupos não apoiariam a Ucrânia contra a Rússia.
Macron conclamou os cidadãos europeus a votarem em partidos pró-UE, afirmando que “nunca tivemos tantos inimigos dentro e fora” da Europa. Seu apelo foi endossado pelo presidente alemão Steinmeier, que disse que a presença de Macron no evento era um “sinal de que precisamos de uma aliança de democratas na Europa”.