Livro antigo pode revelar o paradeiro da Arca da Aliança
Livro antigo pode revelar o paradeiro da Arca da Aliança.
O livro “Kebra Nagast”, é uma obra literária etíope que narra a história da realeza de Israel e a transferência da Arca da Aliança para a Etiópia.
Seu título pode ser traduzido como “A Glória dos Reis” em amárico, a língua oficial da Etiópia.
O livro foi escrito por volta do século XIII, na mesma época em que chegava ao trono da Etiópia a dinastia de Salomão, que justificava seu poder com base na tradição bíblica.
O livro é uma composição complexa que mescla elementos históricos, lendas e tradições religiosas. Ele traça a linhagem da família real da Etiópia até o rei Salomão e a rainha de Sabá, e relata como a rainha de Sabá visitou Salomão em Jerusalém.
O livro descreve a união deles e o nascimento de seu filho, Menelik I, que mais tarde se tornaria o primeiro imperador da Etiópia.
Transferência da Arca da Aliança de Jerusalém para Etiópia
Uma das partes mais importantes do “Kebra Nagast” é o relato da transferência da Arca da Aliança de Jerusalém para a Etiópia.
Segundo o livro, Menelik I, o filho de Salomão e da rainha de Sabá, trouxe a Arca para a Etiópia, onde ela permaneceu até os dias atuais, guardada na cidade de Axum.
Capela de Santa Maria de Sião, localizada na cidade de Axum, seria o local onde a Arca da Aliança está guardada.
O “Kebra Nagast” é uma obra central na tradição cultural e religiosa da Etiópia, sendo considerado um texto sagrado pelos adeptos da Igreja Ortodoxa Etíope.
Além de sua importância religiosa, o livro também desempenhou um papel significativo na formação da identidade etíope e no estabelecimento da legitimidade da dinastia imperial etíope, conhecida como a Dinastia Salomônica.
É importante observar que o “Kebra Nagast” é um texto complexo e sua historicidade tem sido objeto de debate.
Explicando a Arca da Aliança
A Arca da Aliança tem uma história rica e significativa nas tradições religiosas judaico-cristãs. Conforme a narrativa do Antigo Testamento da Bíblia, a Arca foi construída sob as instruções de Deus dadas a Moisés no Monte Sinai.
A Arca da Aliança é uma caixa de madeira revestida de ouro, com cerca de 1,2 metros de comprimento e 0,7 metros de largura e altura. Ela continha as tábuas dos Dez Mandamentos, que foram dadas a Moisés, bem como outros objetos sagrados, como o bordão de Aarão e um pote com maná.
Durante o período do Êxodo, a Arca da Aliança era carregada pelos levitas, uma tribo designada para servir como sacerdotes e guardiões dos objetos sagrados. A Arca da Aliança era um sinal da presença de Deus entre o povo de Israel e era levada à frente do exército durante as batalhas.
A Arca da Aliança tinha um lugar central no Tabernáculo, uma estrutura móvel que servia como local de adoração para os israelitas durante sua jornada no deserto. Mais tarde, durante o reinado do rei Salomão, foi construído o Templo de Jerusalém, e a Arca foi colocada no Santo dos Santos, o local mais sagrado do templo.
A Arca da Aliança era cercada de mistério e reverência. Somente o sumo sacerdote tinha permissão para entrar no Santo dos Santos e ver a Arca, e isso só acontecia uma vez por ano, no Dia da Expiação.