Israel invade território desprotegido da Síria

ISRAEL

Israel, desde o dia 7, por meio das Forças de Defesa de Israel (IDF), iniciou uma ofensiva significativa na província de Quneitra, sul da Síria. Isso ocorreu logo após a queda do regime de Bashar al-Assad. Unidades blindadas de Israel avançaram pela zona desmilitarizada das Colinas de Golã. Este território sírio é ocupado por Israel desde 1967, marcando a primeira incursão desse tipo em cinco décadas.

Simultaneamente, a Força Aérea Israelense conduziu aproximadamente 350 ataques aéreos. Os alvos foram instalações militares sírias, incluindo armazéns de armas, depósitos de munição, aeroportos e centros de pesquisa. Essas ações resultaram na destruição de capacidades estratégicas do Exército sírio.

O governo israelense justificou a operação como medida preventiva para impedir que armamentos sofisticados, especialmente armas químicas, caíssem nas mãos de grupos extremistas durante a transição política na Síria. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, destacou a necessidade de eliminar ameaças potenciais à segurança nacional.

A comunidade internacional reagiu com preocupação. A ONU condenou a incursão israelense, classificando-a como violação do acordo de retirada de 1974, que estabeleceu a zona desmilitarizada nas Colinas de Golã. Países árabes, como Egito, Irã, Jordânia e Arábia Saudita, também criticaram a ação, considerando-a uma ocupação do território sírio.

Analistas observam que a ofensiva israelense visa não apenas neutralizar ameaças imediatas, mas também moldar o cenário geopolítico pós-Assad, assegurando que forças hostis, como o Hezbollah e milícias apoiadas pelo Irã, não consolidem presença próxima às fronteiras de Israel. A situação permanece tensa, com a possibilidade de novos desdobramentos militares e diplomáticos nas próximas semanas.

Posição do Brasil em relação à ação de Israel

Em nota, o governo do Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, condenou a atitude de Israel, classificada como uma violação ao Acordo de Desengajamento de 1974.

A nota emite entendimento do Brasil em que Israel deve respeitar o direito internacional, inclusive o direito internacional humanitário, bem como a independência, a soberania e a integridade territorial da Síria.

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