Governo venderá arroz com rótulo próprio e preço tabelado

PREÇO DO ARROZ

Governo venderá arroz com rótulo próprio e preço tabelado, travando uma queda de braço com produtores, beneficiadores e vendedores de arroz após decidir importar 1 milhão de toneladas do grão para vender diretamente em supermercados e redes de atacado de alimentos do País. Em resposta às inundações no Rio Grande do Sul, o governo federal tomou a iniciativa de intervir no mercado. Essa intervenção resultará em um rótulo próprio na prateleira, com preço tabelado. No entanto, empresários e especialistas veem essa ação como uma medida que pode afetar o funcionamento normal do mercado. A discussão sobre essa intervenção continua, com diferentes perspectivas sobre seus impactos e eficácia.

A operação é inédita, ou seja, é a primeira vez que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza a operação completa: da importação à distribuição. Tradicionalmente, a estatal faz recomposição de estoques públicos e regulação de preço mínimo de garantia ao produtor a partir de leilões em que vende produtos subsidiados para agentes privados da cadeia da indústria alimentícia.

Dessa vez, além da importação, será a primeira vez que o governo venderá um produto com a sua logomarca na embalagem. Além disso, o fornecedor deverá embalar o arroz importado no país de origem com um rótulo que diz ‘Arroz adquirido pelo governo federal’ e que contém o logotipo da Conab.

Entretanto, o volume representa cerca de 10% do consumo anual do Brasil, estimado em 10,5 milhões de toneladas, ou pouco mais de dois meses da venda nos supermercados.

Mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais com ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas destinarão o produto à venda direta. Esses estabelecimentos comerciais deverão vender o arroz exclusivamente para o consumidor final ao preço de R$ 8 por pacote de dois quilos.

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