Gasto direto com pessoal explode nas principais capitais do país

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GASTOS COM PESSOAL

Ao analisar a última década podemos perceber uma explosão no gasto direto com pessoal nas principais capitais do país.

Pode-se classificar as cinco principais capitais do país pelo produto interno bruto (PIB) dos estados brasileiros, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):

  1. São Paulo, São Paulo;
  2. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro;
  3. Minas Gerais, Belo Horizonte;
  4. Rio Grande do Sul, Porto Alegre;
  5. Paraná, Curitiba.

As informações a seguir foram obtidas em consulta ao portal da transparência da administração municipal de cada uma dessas cinco capitais.

Quanto você paga dessa conta

Com o IBGE é possível obter a população projetada de cada município.

Os valores gastos foram convertidos ao equivalente em salários mínimos vigentes.

Em suma um morador paga, anualmente, em torno de 2 salários mínimos para manter salários e encargos do pessoal da prefeitura do seu município.

Porto Alegre é a mais onerosa entre as cinco capitais.

Cada morador de Porto Alegre desembolsa 2,73 salários mínimos por ano para manter a folha de pessoal do município.

Histórico

O comparativo foi elaborado pelo valor total do Gasto direto com pessoal em cada ano, convertidos ao equivalente em salários mínimos vigente.

Assim, não é possível concluir se a variação teria origem na quantidade de pessoal ou no aumento salarial acima do reajuste no valor do salário mínimo, ou em ambos.

Além de ter passado pelo maior aumento, de 62%, São Paulo possui também o maior gasto anual.

Em 2021, o município de São Paulo gastou 27,7 bilhões de reais com pessoal (salários mais encargos).

O gasto é seguido por Rio de Janeiro, com 19,0 bilhões de reais e por Belo Horizonte, com 5,5 bilhões de reais.

Por fim, estão os valores de Porto Alegre, com 4,5 bilhões de reais e Curitiba, com 4,3 bilhões de reais.

O destaque em São Paulo está em 2014, ano com aumento de 55%, ocorrido sob a gestão do prefeito Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Após ter passado por uma redução de quase 8% em 2017, os valores de Curitiba têm se mantido praticamente no mesmo patamar desde então.

A gestão do município, desde 2017, está sob a responsabilidade do prefeito Rafael Greca, atualmente do partido União Brasil (UNIÃO).

Esse movimento foi precedido por um período de alta constante ocorrida de 2013 até 2016, período em que Gustavo Bonato Fruet, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), foi prefeito do município.

Nesse período o gasto elevou-se em 45%.

Após um aumento ocorrido em 2012, o número tem recuado gradativamente desde então, onde, em 2020 voltou a subir.

Em 2021 o aumento foi expressivo. Acumulado com o aumento ocorrido no ano anterior, a variação total foi de 32%.

O período coincide com o inicio da gestão do atual prefeito do município, Sebastião Melo, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB)

O município de Belo Horizonte passou por uma sequência de altos e baixos.

Na década, destaca-se a variação ocorrida em 2017 e 2018, onde acumulou 16% de alta, sob a gestão do atual prefeito, reeleito em 2020, Alexandre Kalil.

Na época da sua primeira gestão o prefeito integrava o Partido Humanista da Solidariedade (PHS).

Por fim, o Rio de Janeiro, que também apresenta uma sequência de altos e baixo no seu histórico.

Destaca-se a variação de 2018 e 2019, onde acumulou 10% de alta.

O período esteve sob a gestão do prefeito Marcelo Crivella, do partido Republicanos (REPUBLICANOS).

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