Fronteiras da Ucrânia mudam após dois meses de guerra

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Fronteiras da Ucrânia

Fronteiras da Ucrânia ao norte, sul e ao leste da Ucrânia vão perdendo seu formato com o avanço da guerra com a Rússia.

Assim é o entendimento do Presidente da Câmara Cívica da Crimeia, Alexander Formanchuk: “a Ucrânia não existirá mais dentro de suas fronteiras modernas, perderá parte de seus territórios.”

Alexander Formanchuk assim declarou em entrevista à Rádio Sputnik, de Moscou, no dia 23, quando a guerra estava prestes a completar dois meses de duração.

De mesmo modo que a Crimeia, as repúblicas de Donbass, as regiões de Nikolaev e Odessa também se tornarão parte da Rússia, concluiu Formanchuk.

Tudo ficará finalmente claro após a conclusão da fase militar da operação especial.

Kherson, como a Crimeia, também ao sul da Ucrânia, teria sido recentemente integrada ao controle russo.

Como isso, devido ao redesenho das fronteiras da Ucrânia, é possível que a ‘nova’ Ucrânia já não tenha mais acesso ao mar, feito pelo Mar Negro e Mar de Azov.

Operação Militar Especial

O desenho de novas fronteiras da Ucrânia parece inevitável e Moscou não demonstra ter pressa nisso.

O presidente da Duma (câmara legislativa russa), Vyacheslav Volodin, comentou as palavras do líder ucraniano Vladimir Zelensky de que “esta guerra não pode ser comparada com nenhuma do século 20, nunca houve uma guerra como essa”.

De fato, segundo Volodin, essa é uma guerra incomum.

“Esta é uma operação militar especial.

Se a Rússia travasse uma guerra em grande escala, tudo teria acabado há muito tempo.

Aplicaríamos as táticas de guerra familiares aos Estados Unidos – para ‘ferroar’ cidades com bombardeios em massa, deixando para trás terra arrasada, como a ‘força aérea mais democrática do mundo’ fez na Iugoslávia, Líbia, Iraque e Síria.

Soldados e oficiais russos não matam, mas libertam civis, sacrificando suas vidas.

Nossos militares estão fazendo tudo para salvar civis. Os centros de resistência dos neonazistas são eliminados pontualmente.

Isso está associado a riscos de vida.

Os nacionalistas estão lutando nas cidades, em densas áreas residenciais, onde se escondem atrás de um ‘escudo humano’, que fazem reféns mulheres e crianças.

Nestas condições difíceis, são tomadas decisões humanas, como, por exemplo, na situação da Azovstal, quando se organizam corredores humanitários.

Mas Zelensky está em silêncio sobre isso. Somente um presidente não independente que deu o controle do país a Washington e pensa apenas em como preservar o poder pessoal, e não a vida dos cidadãos da Ucrânia, pode fazer isso.”

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