Fernando Haddad e a provação do mercado financeiro

FERNANDO HADDAD

Fernando Haddad assumiu como Ministro da Fazenda do Brasil há 3 dias, nos quais os dois primeiros dias de mercado não foram nada bem.

Nesses dois primeiros dias a bolsa de valores de São Paulo caiu e a cotação do dólar subiu.

Sobretudo, esses sinais foram contundentes, pois, as variações negativas foram expressivas.

Nos dias 2 e 3, o índice Ibovespa acumulou uma perda de 4,34%. Já o dólar, moeda americana, valorizou-se frente ao real em 3,65%.

Rumo incerto

O mercado apenas tem reagido diante os sinais que percebe, tanto do próprio Ministro como, também, do Presidente da República e do governo, em geral.

O passado demonstra que, sempre quando há uma destoação nos discursos, uma parte vem para esclarecer o que a outra parte quis dizer. Assim, o mercado se tranquiliza.

Entretanto, a prova que tivemos nesses primeiros dias de novo governo, como também, no período de transição, é que a penúria chega igual de todas as partes.

Assim, temos o Presidente da República a declarar posições nada animadoras para os rumos da economia do país, enquanto o Ministro da Fazenda parece procurar seguir nessa mesma linha.

Por fim, se o plano for retirar valor do mercado, com a perda de investidores, em especial nas empresas estatais listadas na bolsa, como a Petrobras e o Banco do Brasil, o plano está dando certo.

Do contrário, se isso for apenas um ajuste de começo, mal planejado, é preciso que haja uma medida de reversão desse cenário, ainda nessa semana.

Do contrário, talvez provavelmente essa reação do mercado, inicialmente sobre uma percepção, se consolide como tendência.

Quem é Fernando Haddad

Inevitável questionar se o nome escolhido para traçar os rumos da economia do país seria realmente adequado.

Primeiramente, uma correção deve ser feita. Fernando Haddad não é economista.

Com um currículo acadêmico atualizado pela última vez em 2019, ele possui graduação em Direito pela Universidade de São Paulo (1985), mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo (1990) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1996).

No mestrado em Economia, o título de sua dissertação foi ‘O Caráter Sócio-Econômico do Sistema Soviético’.

Carreira política

Após uma passagem pelos bastidores, tendo atuado na área econômica, seu nome surgiu quando assumiu como Ministro da Educação.

Todavia, seu primeiro cargo eletivo foi como Prefeito do Município de São Paulo, de 2013 até 2017.

Sua vitória ocorreu no segundo turno, ao derrotar José Serra.

José Serra tentava voltar para prefeitura, após renunciar ao cargo em 2006, com um pouco mais de 1 ano de mandato.

Essa atitude certamente o desfavoreceu, levando aos eleitores ‘experimentarem’ Fernando Haddad.

Entretanto, essa prova não foi nada satisfatória, tanto é que na sua candidatura à releição, perdeu já no primeiro turno para João Dória.

Depois disso, não conseguiu mais se eleger a nenhum cargo que se candidatou, apesar de ter chegado ao segundo turno em todas as disputas.

Para Presidente da República, em 2018, perdeu para Jair Messias Bolsonaro e, mais recentemente, em 2022, perdeu para Tarcísio Gomes de Freitas para Governador do Estado de São Paulo.

O pior prefeito da história de São Paulo

Haddad ganhou o título de pior prefeito da história de São Paulo.

O título, resultado de uma pesquisa efetuada sobre sua aprovação como prefeito, o colocou à frente de Celso Pitta, apadrinhado de Paulo Maluf e envolto com uma séria de escândalos e de corrupção, que agora ocupa o ‘segundo’ lugar como pior prefeito.

A alcunha de pior prefeito foi além, ganhou posição nacional, sendo sequer desbancada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Quando candidato à presidência do Brasil, perdeu uma ação de pedido de resposta no TSE contra propaganda do também candidato Jair Bolsonaro, que afirmava Haddad ter sido eleito o pior prefeito do Brasil.

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