Crise hídrica em SP: cidades adotam medidas emergenciais

SECA INTERIOR SÃO PAULO

Crise hídrica em SP: cidades adotam medidas emergenciais.

A crise de abastecimento de água no interior de São Paulo se agrava, levando diversas cidades a implementar medidas emergenciais para enfrentar a escassez.

Atibaia declara emergência

Na quarta-feira, 11, Atibaia decretou emergência hídrica e iniciou um rodízio de água, dividindo a cidade em três setores que recebem abastecimento em dias alternados. Para combater o desperdício, a prefeitura impôs multas para atividades como lavagem de carros e rega de jardins. O decreto visa mitigar os efeitos da seca e garantir o abastecimento à população.

Risco de racionamento em Rio Preto

Em São José do Rio Preto, com 501 mil habitantes, o risco de racionamento é iminente. Até 12 de setembro, a cidade registrou 47% menos chuvas em relação ao período homólogo e enfrenta 153 dias sem precipitações significativas. Contudo, o sistema de captação opera abaixo da capacidade, com a Estação de Tratamento de Água captando apenas 220 litros por segundo, menos da metade do necessário. Na próxima terça-feira, 17, um comitê se reunirá para decidir sobre possíveis medidas de racionamento.

Bauru e Vinhedo enfrentam desafios

Bauru, que possui 380 mil habitantes, também enfrenta dificuldades. Desde 9 de maio, a cidade implementou racionamento, com bairros recebendo água por 24 horas e ficando 48 horas sem abastecimento. Como resultado, a queda drástica no nível do reservatório do Rio Batalha motivou manobras na rede de abastecimento.

Vinhedo está em situação semelhante, com rodízio de água desde maio. Entretanto, moradores relatam que a água retornada durante o rodízio apresenta qualidade inferior, com resíduos provenientes das tubulações.

Crise hídrica em SP se agrava com incêndios no interior

Os incêndios registrados no interior de São Paulo elevam o consumo de água, tanto para a limpeza de fuligem quanto para o combate ao fogo. Em Marília, incêndios danificaram equipamentos essenciais do sistema de captação, resultando em faltas pontuais de água.

Situação crítica dos mananciais

O Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, opera com apenas 55% do volume útil e está classificado em situação de seca hidrológica. Entretanto, outros sistemas, como o Rio Claro e a Represa de Guarapiranga, apresentam volumes inferiores à média histórica, enquanto a bacia do Rio Piracicaba registra vazão 60% abaixo do normal.

Previsões de estiagem prolongada

Meteorologistas alertam para um possível atraso no início da próxima estação chuvosa, o que pode agravar ainda mais a escassez de água. Além disso, as causas incluem o fenômeno El Niño e a antecipação da estação seca, resultando em solo e vegetação extremamente secos, criando um ambiente propício para incêndios.

Concluindo, a combinação de seca prolongada, incêndios e aumento do consumo de água exige atenção redobrada das autoridades e da população. A conscientização e a adoção de medidas de economia são essenciais para evitar um colapso no abastecimento de água nas cidades afetadas.

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