
O acordo entre a União Europeia e o Mercosul traz várias implicações, especialmente para o setor de carnes. As cotas estabelecidas limitam a entrada da carne brasileira na Europa. Embora haja resistência por parte de fazendeiros europeus, o acordo não oferece um livre comércio total, ao manter diversas taxações e cotas.
No setor de carne bovina, a cota adicional será de 99 mil toneladas, o que representa apenas dois hambúrgueres por europeu por ano. Esse limite implica que o impacto no mercado europeu será mínimo. Sem essas cotas, o Brasil teria potencial para dominar o mercado europeu, devido à qualidade e ao preço competitivo de sua carne.
China x Europa e a carne brasileira
Além disso, o Brasil já enfrenta uma grande demanda da China, que importa significativamente mais carne bovina brasileira do que a Europa. Apesar das restrições, o Brasil pode observar um aumento nas exportações para a Europa após a ratificação do acordo, especialmente no caso de frangos e suínos, onde a concorrência é menor.
A carne brasileira atende a várias exigências sanitárias e ambientais. No entanto, os produtores precisam considerar as especificidades do mercado europeu para se manter competitivos. Para o acordo entrar em vigor, ele deve ser aprovado pelos legislativos dos países do Mercosul e pela maioria qualificada do Conselho Europeu.