Conflito no Mar Vermelho prejudica as cadeias de abastecimento globais

Oriente Médio

Conflito no Mar Vermelho prejudica as cadeias de abastecimento globais mais do que a pandemia de Covid-19, aponta consultoria.

A consultoria marítima Sea-Intelligence revelou que a interrupção do transporte marítimo no Mar Vermelho é mais prejudicial para as cadeias de abastecimento globais do que a pandemia de Covid-19.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em outubro, os rebeldes Houthi, baseados no Iêmen, têm realizado dezenas de ataques com drones e mísseis no Mar Vermelho.

O grupo militante prometeu continuar com os ataques até que o conflito termine e o bloqueio israelense a Gaza seja suspenso.

Ademais, a Sea-Intelligence analisou os atrasos atuais dos navios em comparação com os anos anteriores.

Cabo da Boa Esperança

O trânsito prolongado em torno do Cabo da Boa Esperança está afetando mais a disponibilidade de navios para recolher contêineres nos portos do que durante a pandemia de Covid-19.

A capacidade dos navios está em seu segundo maior declínio, superado apenas pelo bloqueio do Canal de Suez pelo navio Ever Given em março de 2021.

Além disso, esse incidente deixou centenas de navios presos e supostamente reteve US$ 9 bilhões em comércio global por dia de paralisação.

Segundo a CNBC, a Sea-Intelligence e outras organizações marítimas estimam que aproximadamente 10% da frota mundial não está em serviço atualmente.

Entretanto, o veículo acrescentou que, se navios adicionais fossem implantados, isso poderia corrigir o desequilíbrio na disponibilidade dos navios e aumentar a certeza nos horários de partida.

Canal de Suez

O aumento do risco de ataques no Mar Vermelho levou as principais empresas de transporte marítimo a evitar o Canal de Suez, sendo a rota de carga mais rápida da Ásia para a Europa.

Contudo, essa rota normalmente representa 15% do transporte comercial mundial.

Na semana passada, os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma campanha de bombardeamentos no Iêmen, com o objetivo declarado de proteger o comércio marítimo no Mar Vermelho.

Além disso, após os ataques aéreos ocidentais, um porta-voz Houthi anunciou que qualquer navio americano seria alvo.

Recentemente, os rebeldes assumiram a responsabilidade por um ataque ao navio cargueiro Genco Picardy, de propriedade dos Estados Unidos.

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