Concessão de parques públicos talvez ajude, mas não resolve

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CONCESSÃO

A concessão de serviços públicos é a preferida quando se fala em solução para os problemas na gestão pública, entretanto, nem por isso há avanços.

Por exemplo, a cidade de São Paulo possui 107 parques municipais, sendo que no total, somente meia dúzia deles foram concedidos à iniciativa privada.

Ou seja, 94% dos parques públicos da cidade aguardam pela mesma melhoria esperada com essa concessão.

O melhor já foi

Talvez provavelmente os 101 parques que permanecem sob a gestão pública municipal de São Paulo tenham a mesma significância, ou até maior, que a do Parque do Ibirapuera.

Em tamanho, o Parque do Ibirapuera fica em terceiro lugar. Os maiores parques são, primeiro, o Parque Anhanguera e, em segundo lugar, o Parque do Carmo.

Apesar de ficar em terceiro, certamente o Parque do Ibirapuera é o mais conhecido, por uma série de características.

Além da sua localização central na cidade, o parque conta com a arquitetura de Oscar Niemeyer e paisagismo de Roberto Burle Marx.

Decerto, em se tratando de atratividade da iniciativa privada, pode-se dizer que o ‘filé’ já se foi.

Em contrapartida, restou agora em São Paulo uma condição difícil de ser viabilizada por meio de concessão.

Isso pressuponde que o modelo de concessão seja, de fato, a melhor entre as soluções possíveis para gestão dos parques municipais.

Concessão tirou o assunto da pauta

Com todos olhando somente para o Parque do Ibirapuera, o problema na administração dos parques municipais em São Paulo mantinha-se sob evidência.

Em contrapartida, a Prefeitura do Município de São Paulo coloca-o logo como ‘carro-chefe’ do seu primeiro, e até o momento único, edital de concessão de parques.

Efetuada a concessão, que na prática vigorou a partir de outubro de 2020, o assunto entrou no esquecimento.

Para ‘ajudar’, de 2020 até recentemente, março de 2022, tivemos restrições no uso dessas áreas, impostas como medida para o combate da pandemia do covid-19.

Por consequência disso, é muito cedo para afirmar que houve qualquer melhoria significativa na gestão do Parque do Ibirapuera e dos outros cinco parques sob concessão.

Mesmo assim, não seria essa a razão para esquecer-se dos outros 101 parques da cidade.

Parque da Aclimação

O Parque da Aclimação, localizado no bairro de mesmo nome em São Paulo, possui uma área de 112.200 m² sido inaugurado em 1939.

Depois do Jardim da Luz, é a segunda área verde instalada na cidade. No local funcionou o primeiro jardim zoológico de São Paulo.

Sob cuidados da administração público, conta ainda com um Conselho Gestor.

Esse, provavelmente, não se reúne há mais de um ano. Ao menos a última ata publicada da reunião do Conselho Gestor foi em 14 de março de 2021.

Impressões atuais

Ao visitar o parque a impressão geral é de abandono total.

Logo na entrada da Rua Ametista nota-se a falta de varrição. Essa, estende-se ao longo de praticamente todo o parque.

Pelas sarjetas há acúmulo de lodo e folhas mortas, o que ocasional mau cheiro.

As áreas ajardinadas estão cobertas por mato alto.

Um fio solto atravessa a área do passeio. A ‘solução’ foi colocar um cone e isolar a área para evitar que alguns usuário se acidente.


Por fim, esse é o exemplo das condições atuais de 1 entre os 101 parques que seguem sob a administração pública.

‘Sorte’ talvez se alguns dos outros estejam em condições um pouco melhores.

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