
A partir de janeiro de 2024, o Brasil irá se juntar ao grupo OPEP+, composto pelos maiores países produtores de petróleo do mundo, conforme anunciado pelo ministro da Energia, Alexandre Silveira.
A OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, compreende a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados e, em conjunto, capta cerca de 40% do petróleo bruto mundial.
Durante uma reunião da OPEP+, anunciaram a adesão do Brasil para discutir a estratégia de produção de petróleo para o próximo ano.
“O presidente Lula, confirmou nossa entrada na carta de cooperação da OPEP+ a partir de janeiro de 2024”, disse Silveira ao grupo.
BRICS E OPEP
Após receberem convites para se juntarem ao grupo BRICS de grandes economias emergentes, os membros da OPEP+, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos, decidiram efetuar a mudança.
O grupo BRICS atualmente compõe-se do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Contudo, o Brasil extraiu volumes recordes de petróleo e gás no verão passado.
A previsão é 75% de aumento na produção até 2030, impulsionando a exploração da reserva de petróleo, abaixo de uma camada de sal de 2.000 metros de espessura.
O Brasil exportou em média 1,8 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) no terceiro trimestre de 2023, marcando um aumento de 40% em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais.
Cortes de produção
Ainda não foi esclarecido se o Brasil será obrigado a realizar cortes de produção a partir do próximo ano como resultado de sua adesão.
Entretanto, o grupo OPEP+ concordou esta semana em aprofundar as reduções de produção para cerca de 2,2 milhões de bpd em 2024.