Pequim e Brasília assinaram um acordo sobre comércio em moedas mútuas, abandonando o dólar americano como intermediário, e também planejam expandir a cooperação em alimentos e minerais.
O acordo permitirá que os dois membros do BRICS conduzam suas transações comerciais e financeiras maciças diretamente, em vez de usar o dólar americano para acordos.
“A expectativa é que isso reduza custos e promova um comércio bilateral ainda maior e facilite os investimentos”, disse a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
Os países também anunciaram a criação de uma câmara de compensação que fornecerá liquidações sem o dólar americano, bem como empréstimos em moedas nacionais.
A medida visa facilitar e reduzir o custo das transações entre as partes e acabar com a dependência do dólar nas relações bilaterais.
O Banco Popular da China (PBOC) anunciou anteriormente que tais acordos impulsionarão as transações transfronteiriças entre empresas e instituições financeiras nos dois países e facilitarão ainda mais o comércio e o investimento bilaterais.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil há mais de uma década, com o comércio bilateral atingindo o recorde de US$ 150 bilhões no ano passado.
Conforme a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda do Brasil, Tatiana Rosito, 25 países já estão fazendo acordos com a China em yuans.