Boris Johnson está na berlinda e pode ter que renunciar
Um alto funcionário britânico disse que o relatório da funcionária do governo britânico Sue Gray sobre as festas de Downing Street “pode ser o suficiente para acabar” com o mandato de Boris Johnson como primeiro-ministro do Reino Unido.
A publicação contém críticas não apenas aos fatos das violações da quarentena, mas também à cultura que se desenvolveu no escritório de Boris Johnson.
Embora a publicação do relatório tenha sido adiada devido à intervenção da Scotland Yard, que solicitou que fossem removidas as referências a vários casos sob investigação, um funcionário que revisou o conteúdo disse ao The Times que as conclusões do relatório eram “mortais” para Johnson.
“O relatório de Sue é condenatório. Isso tornará a vida incrivelmente difícil para o primeiro-ministro. Há uma tremenda pressão sobre ela – seu relatório pode ser suficiente para acabar com ele. Nenhum funcionário jamais esteve em uma posição semelhante”, disse a fonte da publicação.
A polícia de Londres está investigando 12 atividades realizadas em Downing Street e outros prédios do governo durante o bloqueio.
Boris Johnson participou de pelo menos seis delas.
Por participar de um desses eventos, em sua comemoração de 56 anos na Sala do Gabinete, Johnson já foi multado.
A polícia também começou a analisar ingressos para o segundo evento de Johnson, uma festa no jardim de Downing Street em maio de 2020, organizada pelo ex-secretário-chefe do primeiro-ministro.
Segundo a publicação, além de Johnson, a festa contou com a presença de sua esposa Carrie Symonds e mais de 50 funcionários de seu escritório.
O primeiro-ministro disse que considerou um evento de trabalho e, além disso, esteve presente por pouco tempo.
Downing Street informou que Johnson ainda não recebeu uma multa por esse evento.
Segundo o The Times, o próprio chefe do governo britânico insiste que não vai deixar o cargo, já que essa questão não interessa aos eleitores.
No entanto, vários parlamentares do Partido Conservador acreditam que um voto de confiança em Johnson pode ocorrer já em maio se o partido obtiver resultados ruins nas eleições regionais de 5 de maio e o primeiro-ministro receber novas multas da polícia.
(Por InoTV)