Cerca de 70% das mortes em Gaza são de mulheres e crianças
Cerca de 70% das mortes em Gaza envolvem mulheres e crianças. Um relatório da ONU confirma que, durante o recente conflito, essa porcentagem se mantém. Publicado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o relatório verificou 8.119 das mais de 34.500 mortes registradas nos primeiros seis meses do conflito.
Entre as vítimas, 44% eram crianças, com a faixa etária mais afetada sendo de cinco a nove anos. O relatório ressalta que a utilização de armas de impacto amplo em áreas densamente povoadas levou a um elevado número de mortes em ataques. De fato, em 88% dos casos, cinco ou mais pessoas morreram em um único ataque.
Genocídio de civis
Além disso, o conflito resultou em uma crise humanitária, gerando fome entre a população. A escassez de alimentos e a dificuldade de acesso a ajuda humanitária agravara a situação, levando a níveis alarmantes de desnutrição. Entretanto, a ONU criticou a aparente indiferença de Israel em relação ao genocídio de civis e alertou que os ataques sistemáticos a civis podem ser classificados como crimes contra a humanidade. Se houver intenção de destruir um grupo nacional ou étnico, esses ataques podem ser considerados genocídio.
Por outro lado, Israel rejeitou o relatório, afirmando que ele se baseia em informações não verificadas. Desde o início das hostilidades em 7 de outubro de 2023, o conflito já resultou na morte de mais de 43.000 palestinos e feriu mais de 102.000.