Anomalia magnética sobre o Brasil cresce e preocupa cientistas
Anomalia magnética sobre o Brasil cresce e está se deslocando para o oeste a uma velocidade de 0,3° anualmente, o que é muito próximo da rotação diferencial entre o núcleo da Terra e sua superfície, estimada entre 0,3° e 0,5° por ano e isso está preocupando cientistas da NASA.
A Anomalia do Atlântico Sul (AAS) é uma região sobre o Brasil e o sul do Oceano Atlântico onde o campo magnético da Terra é significativamente mais fraco do que a média global. Essa falha na proteção magnética da Terra é monitorada de perto pela comunidade científica devido aos seus potenciais impactos.
Um relatório recente da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial (NGA) dos EUA e do Centro Geográfico de Defesa (DGC) do Reino Unido revelou esta anomalia. Conforme o estudo, a força do campo magnético na região da AAS é de aproximadamente um terço da média global.
Riscos para os satélites
Além disso, estudos recentes e o monitoramento da Nasa indicam que os danos causados pela AAS está se aprofundando, o que pode aumentar o risco de danos por radiação em satélites e afetar a coleta de dados por satélites, pois o campo magnético mais fraco permite que uma maior radiação os atinja. além disso, a AAS pode gerar potenciais impactos na vida cotidiana devido à sua influência no campo magnético terrestre.
Observatórios no Brasil
O Brasil possui seus próprios observatórios monitorando a AAS. Em 2021, o país lançou o nanossatélite NanosatC-BR2 em parceria com a Rússia para coletar dados específicos sobre a intensidade e a extensão da anomalia. Além do nanossatélite, no Brasil também há dois observatórios magnéticos que fazem parte da Rede Global de Observatórios Magnéticos, o Intermagnet.
Monitoramento contínuo e pesquisa
Embora a expansão da AAS seja preocupante, a pesquisa sugere que não se trata de um fenômeno novo. A anomalia é considerada uma característica persistente do campo magnético da Terra, tendo sido acompanhada há muitos anos.
Apesar de não ser uma ameaça emergente, o monitoramento contínuo e a pesquisa para entender melhor a AAS permanecem essenciais para mitigar os impactos sobre os satélites e as comunicações. A comunidade científica está empenhada em acompanhar essa evolução e minimizar seus efeitos.