Agronegócio é o que menos emprega no Brasil
O agronegócio no Brasil recebe forte atenção do Governo. Com subsídios, investimentos em infraestrutura, linhas de crédito e outros programas de apoio, o setor emprega pouco.
Em 2022, o cenário do agronegócio brasileiro apresentou um quadro preocupante, apesar do discurso oficial de forte apoio ao setor. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) revelam que o agronegócio registrou o menor crescimento de empregos formais entre os cinco grandes grupos de atividade econômica do país.
Enquanto a indústria geral gerou mais de 114 mil novas vagas, o agronegócio viu seu saldo positivo cair para apenas 19.836 postos de trabalho. Esse desempenho tímido do setor, mesmo diante dos incentivos e investimentos governamentais, levanta questionamentos sobre a efetividade das políticas públicas e o real compromisso com o desenvolvimento rural.
As projeções para o agronegócio em 2022 eram otimistas, com estimativas de expressivo crescimento. No entanto, a realidade se mostrou bastante diferente. O setor agropecuário, em particular, amargou um saldo negativo de 36.921 vagas.
Essa discrepância entre o discurso oficial e os resultados concretos gera dúvidas sobre a direção dos investimentos governamentais. O desempenho levanta suspeitas se os recursos estariam sendo devidamente canalizados, beneficiando principalmente as grandes empresas em detrimento da agricultura familiar e do pequeno produtor.
Agronegócio é o que menos emprega
Os dados são do Sebrae. Apesar de serem de 2022, não devem ter sofrido grandes alterações nos anos seguintes. Assim, a informação possibilita ilustrar a representatividade de cada setor da economia em relação ao número de empregados.
Em números absolutos, o setor do agronegócio é responsável por apenas 3,4% do total de empregos no Brasil.
É fundamental que o governo implemente medidas mais abrangentes e eficazes para todos os setores. Contudo, apesar de todos os investimentos, o setor de agronegócio é o que menos indica ter potencial de gerar empregos.
Para uma reversão do quadro econômico do país, o cenário torna necessário que o governo repense suas políticas públicas e as direcione para o desenvolvimento real de setores com maior potencial na geração de empregos decentes, na inclusão social e na sustentabilidade ambiental.