A Europa pode morrer, diz o presidente francês em entrevista

A EUROPA PODE MORRER

A Europa pode morrer, esse foi o alerta do presidente francês Emmanuel Macron ao The Economist. Macron expressou sua preocupação com a situação atual do continente e a necessidade de ações imediatas para garantir sua sobrevivência.

Macron destacou que a Europa enfrenta uma série de pressões, incluindo militares, econômicas e comerciais, que podem enfraquecer e fragmentar a União Europeia de 27 nações. Ele enfatizou a necessidade de defender a Europa e identificou Vladimir Putin como a maior ameaça que o continente enfrenta atualmente.

O presidente francês também ressaltou a importância de não permitir que a Rússia vença a guerra na Ucrânia. Segundo ele, se isso acontecer, não é apenas a Ucrânia que está em perigo, mas a própria Europa.

Macron citou as palavras de Paul Valéry, que disse no fim da Primeira Guerra Mundial que as civilizações são mortais. “Temos de ter a lucidez de perceber que a Europa é mortal. Pode morrer”, disse Macron, reforçando a urgência de ações para proteger a Europa.

Essas declarações de Macron ressaltam a necessidade de uma ação coletiva para enfrentar os desafios atuais e garantir a sobrevivência da Europa. A situação exige escolhas claras e imediatas para evitar o enfraquecimento ou mesmo a relegação da Europa na próxima década.

Frases contundentes

A declaração mais recente, de que a Europa pode morrer, não foi a primeira frase polêmica do presidente francês sobre os rumos da Europa. Em 2019, também para o britânico The Economist, Macron estampou a revista semanal com outra frase de impacto, “À beira do precipício”.

Nessa época, Macron identificou três riscos existenciais para a Europa: militar, econômico e a vulnerabilidade do sistema democrático.

Macron expressou preocupação com a tensão entre os EUA e a China, que resultou em um aumento do gasto armamentístico, da inovação tecnológica e da expansão das capacidades militares. Ele também destacou que a Europa não estava preparada para enfrentar esses riscos.

O presidente francês defendeu a necessidade de um “novo paradigma geopolítico, econômico e social para a Europa”. Ele enfatizou que fazer política não é apenas ler pesquisas, mas lutar por ideais e convicções, estar perto do povo e ter coragem.

Macron também criticou a resposta da Europa após a pandemia, afirmando que as tensões foram subestimadas e que a resposta foi muito tímida e, às vezes, tardia. Ele concluiu que a Europa está indo na direção certa, mas precisa dar um passo ainda maior.

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