Primeiro-ministro de Portugal renuncia após operação policial
A polícia de Portugal conduziu uma operação de busca e apreensão na casa do primeiro-ministro António Costa, bem como em vários ministérios e empresas investigadas.
A investigação do Ministério Público português investiga um alegado esquema de exploração irregular de lítio e venda de hidrogênio verde, com acusações de favoritismo em iniciativas de energias renováveis.
No processo, a polícia também deteve Diogo Lacerda Machado, chefe de gabinete de Costa, e Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines.
As suspeitas envolvem corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e abandono de dever. Perante as suspeitas e a operação, António Costa demitiu-se do cargo de primeiro-ministro, entregue ao Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
A demissão de Costa levará à convocação do Conselho de Estado, à dissolução do parlamento e à convocação de novas eleições.
António Costa chegou ao poder em 2015 com o apoio de uma coligação entre os socialistas e a esquerda radical, conhecida como “geringonça”.
Durante o seu mandato, Costa superou a austeridade no país através do aumento dos salários do setor público e das pensões, que foram cortadas durante a crise econômica.