Líder asiático diz que ação do TPI contra Putin pode desencadear guerra nuclear

GUERRA MUNDIAL OTAN UCRÂNIA

A ação do Tribunal Penal Internacional(TPI) contra o presidente russo pode levar a implicações terríveis na Europa e em outros lugares, acredita o PM cambojano Hun Sen.

Guerra nuclear

A emissão de um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) pode levar a uma guerra nuclear, além de criar outras implicações globais, alertou o primeiro-ministro cambojano, Hun Sen.

Portanto, o mandado apenas semeou mais divisão no mundo, potencialmente colocando em risco os esforços diplomáticos para chegar a uma solução para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que já dura mais de um ano, acredita o primeiro-ministro.

“Este mandado do TPI para prender Putin complicará os esforços para encontrar uma solução pacífica para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, especialmente antes da visita do presidente chinês Xi Jinping a Moscou, durante a qual ele deve mediar pela paz”, disse o primeiro-ministro em um comunicado de declaração em mídia social no domingo.

O mandado também representa uma ameaça aos esforços internacionais em outras esferas, principalmente no combate a “questões globais como mudanças climáticas e doenças”, disse o líder cambojano.

Além disso, o movimento do ICC aumentou drasticamente o risco de eventos que se transformam em uma troca nuclear na Europa, alertou o primeiro-ministro.

TPI não é reconhecido na Rússia

Observasse que, embora o TPI tenha atualmente 123 estados-membros, vários países importantes, como Estados Unidos, Rússia, Índia e China, não o reconhecem, enquanto o próprio órgão não tem autoridade para prender nenhum suspeito sem a cooperação dos governos nacionais.

O TPI emitiu um mandado de prisão para o presidente russo e a comissária presidencial para os direitos da criança, Maria Lvova-Belova, na sexta-feira. O tribunal alegou que os dois estavam envolvidos na “deportação ilegal” de crianças “de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”.

Moscou chamou as acusações de inaceitáveis, com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, dizendo que os mandados são “nulos e sem efeito do ponto de vista legal” e que a jurisdição do tribunal não é reconhecida na Rússia. 

O Comitê de Investigação da Rússia abriu um processo criminal próprio contra o promotor e os juízes do TPI, descrevendo sua decisão como “obviamente ilegal, uma vez que não há fundamento para responsabilidade criminal”.

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