Desemprego divulgado no Brasil é um dos importantes indicadores de desenvolvimento social do país, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com atualização trimestral, o dado é resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNDA Contínua).
Para não haver dúvidas, as informações sobre a divulgação estão resumidas na página IBGE explica – desemprego.
Assim, pela última divulgação, o ano de 2022 fechou com 8,6 milhões, uma taxa de desemprego de 7,9%.
Entretanto, importante entender o conceito sobre subutilização e o impacto do Bolsa Família sobre o desemprego.
Subutilização
De acordo com o IBGE:
A subutilização da força de trabalho, que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda desde 2013 que seja medida pelos órgãos oficiais de estatística, engloba os desocupados, aqueles na força de trabalho potencial e os subocupados por insuficiência de horas.
O organograma a seguir ilustra essa condição:
Em outras palavras, podemos considerar que subutilização é o real desemprego no Brasil? Ainda não.
Bolsa Família
Na caixa “Fora da força de trabalho potencial” do organograma acima, o IBGE esclarece:
Fora da força de trabalho potencial. Dentre as pessoas que estão fora da força de trabalho, estão as donas de casa que não trabalham fora, adolescentes em idade escolar, aposentados e outras pessoas que não têm interesse ou condições de trabalhar. Sendo assim, estas pessoas estão fora da força de trabalho potencial.
Assim, os beneficiários do programa bolsa família, por não estarem trabalhando e nem terem tomado providências para conseguir trabalho, são classificados como “fora da força de trabalho”.
Em assim sendo, voltando ao número de subutilização, podemos concluir esse ser o número mais fiel ao retrato do desemprego no Brasil.
Desemprego “REAL” É DE 18,5%
Assim sendo, pela última divulgação, o ano de 2022 fechou em 18,5%.
Qualidade da ocupação
Ocupado, para o IBGE, significa qualquer tipo de trabalho, remunerado ou não, formal ou informal.
Desse modo, quem está trabalhando na informalidade, por exemplo, motorista de aplicativo ou ambulante, é classificado como “ocupado”.
Por mais que haja a subdivisão em subocupados, a levar uma parte dos ocupados para a classificação de subutilização, ainda assim, a qualidade da ocupação dos ‘informais’ é controversa.
Suponhamos uma pessoa, capacitada para certo cargo o qual não encontra trabalho. Assim, essa se vê na necessidade de sujeitar-se a um trabalho informal.
Entretanto, caso se mantivesse na procura por emprego na sua área, estaria enquadrada como desocupada.