Setor de Food Service recupera fôlego
Setor de Food Service, um dos setores mais afetados pela pandemia, teve um 2022 de recuperação, com números que entusiasmam.
Assim, os números indicam que o setor de Food Service recuperou-se totalmente da crise ocasionada pela COVID-19.
Nesse sentido, ainda apresentou um crescimento exponencial em relação ao período de ápice da pandemia.
É o que mostra o levantamento realizado pela ACOM Sistemas, empresa de tecnologia especializada em soluções para o Food Service, em uma amostra da sua base de clientes.
Dados do setor de Food Service
O ERP EVEREST, sistema desenvolvido pela ACOM, extraiu os valores de dois importantes indicadores de desempenho. Primeiramente, o volume de comandas processadas e em seguida o total de vendas realizadas entre os anos de 2019 e 2022.
Assim, a amostra contemplou empresas como restaurantes, bares, casas noturnas e distribuidoras, foco de atendimento do EVEREST Food Service.
O levantamento expôs um cenário que a ACOM pôde acompanhar de perto nos últimos anos, e também reafirmou o movimento de recuperação que o mercado vem percebendo nos últimos meses.
Começando pelo segundo trimestre de 2020, quando a pandemia estava em processo de consolidação, houve uma redução de 68% no volume de comandas processadas.
Essa redução se deu sobre o mesmo período de 2019, ano pré-pandemia, quando o Food estava alçando voos importantes.
Em relação ao volume de vendas dentro do mesmo recorte temporal, a redução foi de 86%.
Redução inimaginável
Isso é algo inimaginável para muitos empresários do setor. Tanto que muitos deles fecharam suas portas no decorrer dos meses subsequentes.
De acordo com a análise da ACOM, 2020 fechou com uma redução de 35% no total das vendas em relação ao ano de 2019.
Já em 2021, segundo ano da pandemia, o setor começou a ensaiar um retorno.
Nesse ano, apresentou um crescimento gradual no decorrer dos trimestres. Pode-se dizer que isso foi possível graças a uma reinvenção e à construção de estratégias comerciais por parte dos empresários.
O resultado foi um fechamento com um crescimento no volume de comandas 42% maior em comparação a 2020 e 5% maior que em 2019.
Ou seja, os resultados obtidos já se mostravam melhores que o período pré-COVID. O volume de vendas seguiu o mesmo caminho, com um resultado financeiro 87% maior em relação a 2020 e 22% maior que em 2019.
Análise sobre 2022
“Se houve um setor que passou por enormes transformações nos últimos anos e aprendeu com as adversidades foi o Food Service. A pandemia despertou uma crise econômica que impactou diretamente o poder de compra dos consumidores, o seu modelo de consumo e a capacidade de os estabelecimentos garantirem custos saudáveis dentro de suas operações. Quem entendeu essa nova realidade e buscou formas alternativas de garantir as vendas foi recompensado com bons resultados”, opina Eduardo Ferreira, CCO da ACOM Sistemas.
Entrando em 2022, temos um cenário mais favorável com a flexibilização das medidas restritivas e o retorno dos consumidores aos estabelecimentos.
O movimento de retorno mostrou-se ainda mais forte que no ano anterior, representados pelos números obtidos na conclusão do ano.
Em relação as comandas processadas, o levantamento da ACOM apontou um crescimento 6% superior a 2021 e 12% maior que em 2019, ano pré-pandemia.
No volume de vendas, 2022 supera o ano anterior em 49% e 2019 em 82%.
O que mostra o mercado?
Outro levantamento, agora realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), também no período entre 2020 e 2022, confirma o que apurou a ACOM.
Houve crescimento do setor: o salto ficou em torno dos 10% no ano passado ante a retração de 27,5% em 2020, ano de pico da pandemia.
Tecnologia como agente da transformação
Essa melhora está muito relacionada com a mudança de mindset a que os empresários do Food Service tiveram.
Primeiramente, ao aderirem à tecnologia para manterem suas operações ativas diante do isolamento social.
Em segundo lugar, pela busca de resultados positivos. O investimento em tecnologia foi uma das principais receitas para a retomada dos rumos.
“Como muita coisa mudou de uma hora para outra, foi preciso uma rápida adequação ao novo mercado e ao novo modelo de consumo. Muitos empreendimentos precisaram reforçar ou até mesmo implementar sistemas de delivery e take out, enquanto outros apostaram em modelos de negócio em ascensão, como as dark kitchens. Mas, independentemente do caminho, a tecnologia foi um grande facilitador desse processo”, explica Ferreira.
Entre as inúmeras soluções que esse mercado apresenta, os ERPs ou Sistemas de Gestão Integrada tiveram papel de destaque entre os empresários que desejavam atender a esse novo modelo de negócio.
Esses podem carregar forte tecnologia, como machine learning, automatizações e operacionalização em nuvem; ferramentas estratégicas, como business intelligence e indicadores, como CMV e Engenharia de Cardápios.
Assim, um sistema de gestão gera os números necessários para o empresário poder entender sua realidade e construir estratégias para atingir seus objetivos.
Apoiados por um ERP estão, por exemplo, a gestão de estoque do restaurante.
Isso ajuda o empresário a eliminar desperdícios, reduzir perdas operacionais, criar margens para negociações com fornecedores e aumentar a eficiência no controle de insumos.
Outra contribuição pode ser percebida nos processos financeiros. Isso se dá pela automatização de atividades e da criação de rotinas que elevam a produtividade da operação e a segurança nas informações dos fluxos internos.
“A gestão inteligente e integrada oferecida por um ERP proporciona ao empreendedor um fortalecimento do seu negócio graças à compreensão de seus pontos fortes e dos processos que merecem uma maior atenção; e a uma operação que está sempre alinhada aos seus objetivos. Com as informações geradas pelo sistema, o empresário consegue construir estratégias que ajudam a impulsionar suas vendas e a entregar um serviço de excelência aos seus clientes”, diz o CCO da ACOM.