Parceria Brasil Rússia na área nuclear será mantida

BRASIL RÚSSIA PARCERIA NUCLEAR

Conforme a Associação Brasileira de Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), o governo do Brasil já apontou fonte de recursos para projetos da área nuclear.

Segundo a ABDAN, a parceria com a Rússia na área nuclear atende aos interesses comerciais do Brasil e será mantida.

O projeto do submarino nuclear, a cargo da Marinha brasileira, demandará cerca de R$ 2,5 bilhões adicionais em 2023.

Portanto, o principal indicativo de que os projetos nucleares serão mantidos na pauta do governo atual foi o relançamento do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

Segundo a ABDAN, o fundo foi contingenciado pelo governo anterior, e por isso não pode ser cancelado.

O projeto executivo do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) foi feito graças à parceria entre a empresa brasileira Amazônia Tecnologias de Defesa S.A (AMAZUL) e a argentina INVAP.

No momento há tratativas para a liberação do dinheiro do Fundo de Ciência e Tecnologia.

O reator será construído em Iperó, no estado de São Paulo, próximo à base da Marinha brasileira de Aramar.

Cooperação internacional

Brasil e Argentina sempre tiveram um alinhamento muito forte na área nuclear.

Entretanto, contam com agência conjunta regional, a ABACC, que faz o controle do setor nuclear dos dois países.

Sendo que, a expectativa do setor é que a cooperação com a Rússia também seja mantida sob o governo atual.

Em princípio, em outubro de 2022, a empresa estatal brasileira de energia nuclear, ENBPar, assinou com a empresa russa, Rosatom, um memorando de entendimento para aprofundar a cooperação em áreas como construção, operação e descomissionamento de novas usinas nucleares de alta capacidade no Brasil.

Por fim, em dezembro de 2022, a subsidiária da Rosatom, Internexco GmbH, fechou contrato para a comercialização de produtos de urânio com a estatal brasileira Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB).

Segundo a Rosatom, o contrato foi resultado de uma licitação internacional aberta e é seu primeiro contrato de longo prazo com o Brasil para o fornecimento de produtos de urânio enriquecido.

A ABDAN confirmou que o Brasil comercializa combustível nuclear com a Rosatom, e afirmou que praticamente todos os países com capacidade nuclear também o fazem.

No entanto, a Rosatom fornece mundialmente radioisótopos para uso na medicina e diagnóstico.

Infelizmente, poucos países produzem radioisótopos e a produção total está aquém da demanda mundial.

Uma vez que a Rússia também demonstra interesse em manter o relacionamento com o Brasil.

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