Para inglês ver, e todos também…

PARA INGLÊS VER

Para inglês ver é uma expressão bastante conhecida nos países lusófonos, em especial no Brasil e em Portugal.

Por outro lado sua origem é controversa.

Sobretudo, quando alguma ação é elaborada para enganar alguém, diz-se que é “para inglês ver”.

Em suma, enganar no sentido de fazer acreditar que algo ocorre como previsto quando, na realidade, não está.

Possível origem da expressão “para inglês ver”

Após impor forte domínio sobre o mercado mundial de escravos, o Reino Unido decidiu abolir essa prática que perdurou por mais de 200 anos.

Assim, durante as primeiras décadas do século XIX, impôs o combate à escravidão em suas colônias.

O Brasil, bem como outros países, também receberam essa mesma pressão.

A dependência econômica e financeira do reino britânico na época logo fez com que o Brasil tomasse alguma medida.

Assim, em 1831, em 7 de novembro publicou-se a lei conhecida como Lei Feijó.

Declara livres todos os escravos vindos de fôra do Imperio, e impõe penas aos importadores dos mesmos escravos

Portanto, os escravos desembarcados em portos brasileiros desde aquele ano passariam a ser declarados livres.

Só que, na prática, isso não acontecia.

Dizia-se assim que o Regente Feijó teria criado uma lei apenas “para inglês ver”.

Lei que não pega

Da mesma forma temos uma série de exemplos de leis que não seguem adiante.

Em virtude de não irem adiante, logo passamos a ter uma expressão vinculada, “essa lei não pega”.

Por isso não são apenas os ingleses os enganados por nossa leis, nós também somos.

Talvez provavelmente a lei criada não tenha a mesma intenção, de ser uma lei figurativa.

O legislador, na maior parte dos casos, não pensa na aplicabilidade da lei, ou seja, o que fazer para lei ser cumprida.

Há que se prever com fiscalizar e em havendo a transgressão da lei, como punir.

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