Trump anuncia ataque às instalações nucleares iranianas

Na manhã de domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que Washington executou uma série de ataques em larga escala contra três instalações nucleares iranianas. Ele descreveu Fordow, Natanz e Esfahan como alvos de um “ataque muito bem-sucedido” em sua plataforma de rede social.

Discurso e Advertências de Trump

Em um discurso televisionado, Trump afirmou que as instalações nucleares foram “completa e totalmente destruídas”. Ele alertou Teerã sobre possíveis retaliações, enfatizando que o país “deve fazer a paz agora”; caso contrário, “os ataques futuros serão muito maiores”.

Detalhes dos Ataques

Os ataques marcaram o primeiro uso em combate da bomba GBU-57 Massive Ordnance Penetrator (MOP), uma poderosa bomba de 13.660 kg, capaz de destruir bunkers. O New York Times relatou que mísseis Tomahawk, lançados por submarinos, também foram utilizados para atingir a República Islâmica.

O Centro para o Sistema Nacional de Segurança Nuclear do Irã confirmou o ataque, mas garantiu que as inspeções de emergência não encontraram sinais de contaminação radioativa. A Agência Internacional de Energia Atômica corroborou essa informação, afirmando que não houve aumento nos níveis de radiação nas instalações atacadas.

Reação Internacional

Israel Elogia a Decisão de Trump

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu elogiou a “decisão ousada” de Trump em participar da campanha de bombardeios. Ele argumentou que o uso do “poder impressionante e justo dos EUA” mudará a história da região, criando um “pivô” que pode levar a um futuro de prosperidade e paz.

Teerã Responde com Ameaças

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores iraniano condenou os ataques como uma “brutal agressão militar” e uma violação da Carta da ONU. Teerã declarou seu direito de “resistir com todas as suas forças” à agressão, responsabilizando os EUA e Israel pelas consequências.

O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, reiterou que Teerã “reserva todas as opções para defender sua soberania, interesses e povo”.

Reações nos EUA

Os legisladores americanos se dividiram sobre os ataques. Os democratas criticaram Trump por agir sem a aprovação do Congresso. O senador Bernie Sanders chamou a ação de “grosseiramente inconstitucional”, enquanto o deputado Sean Casten a descreveu como uma “inequívoca infração passível de impeachment”.

Por outro lado, o presidente da Câmara, Mike Johnson, defendeu as ações de Trump, afirmando que o ataque seguiu a tradição de ações militares semelhantes. O representante republicano Robert Brown Aderholt até comparou Trump a Winston Churchill.

Preocupações no Golfo

O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita expressou preocupação com os ataques, solicitando “contenção, calma e prevenção de escalada”. O Catar condenou a ação, alertando para “consequências catastróficas” na região. Omã também criticou Washington, chamando o ataque de “agressão ilegal”.

Esses eventos marcam um ponto de inflexão nas relações internacionais e podem ter implicações profundas para a segurança e a estabilidade na região do Oriente Médio.