Gripe aviária paralisa exportações e preços dos ovos devem cair

GRIPE AVIÁRIA

O primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, confirmado em Montenegro, Rio Grande do Sul, gerou uma onda de cancelamentos nas exportações de aves e ovos. Dez mercados internacionais, incluindo China e União Europeia, suspenderam as importações, impactando um comércio de US$ 2,8 bilhões, representando 28% das exportações brasileiras.

A avicultura é crucial para a economia de Montenegro, onde a produção de 1,9 milhão de aves gerou R$ 64 milhões. O vírus H5N1 contaminou 17 mil aves na granja, levando à morte da maioria e ao abate das restantes. Para evitar a propagação, 1,7 milhão de ovos foram destruídos.

Autoridades sanitárias implementaram um cinturão sanitário ao redor da granja afetada, com barreiras de desinfecção para monitorar o surto. O governo também ordenou o descarte preventivo de ovos na região.

Preços dos ovos devem cair

A suspensão das exportações pode causar uma queda nos preços internos de ovos e frango, mas especialistas alertam que essa redução será temporária. A produção pode ser ajustada para evitar excessos no mercado, já que a demanda externa deve retornar.

O cancelamento das exportações traz desafios logísticos significativos, como a interrupção do fluxo de transporte e a necessidade de armazenamento para produtos não exportados. A readequação da cadeia produtiva será essencial.

O Brasil perdeu seu status de grande produtor livre de gripe aviária, o que pode afetar sua competitividade no mercado global. A capacidade de controlar o surto e garantir que seja um caso isolado será crucial para a recuperação das exportações.

O Ministério da Agricultura enfatiza que a gripe aviária não representa risco para humanos através do consumo de carne de aves e ovos, já que o cozimento elimina o vírus.

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