
Foto: ONU/NY Por: Marco Antonio Portugal/Maria Gabriela Portugal
A geopolítica é destaque nesse início de mês. Na última quinta-feira (1º de maio), incêndios devastadores atingiram áreas próximas a Jerusalém, destruindo quase 2.000 hectares de vegetação e forçando a evacuação de comunidades locais. As autoridades israelenses atribuem o controle do fogo a esforços combinados de equipes de emergência, mas alertam para os riscos de novos focos em meio à seca histórica na região. O episódio reacendeu debates sobre mudanças climáticas e gestão de recursos naturais no Oriente Médio, um tema central nas pautas internacionais.
Enquanto isso, outros fatos na geopolítica ocorreram na Eurásia. A Rússia protagonizou uma manobra simbólica ao renomear o aeroporto de Volgogrado para Stalingrado, em homenagem ao líder soviético Joseph Stalin. A decisão, anunciada pelo presidente Vladimir Putin, gerou críticas de historiadores e grupos de direitos humanos, que veem na medida uma tentativa de resgatar narrativas autoritárias do passado. Paralelamente, Moscou intensificou sua busca por parcerias econômicas, especialmente na exploração de minerais estratégicos na Sibéria, em um acordo com empresas asiáticas que promete alterar dinâmicas comerciais globais.
No front da guerra na Ucrânia, ataques com drones ucranianos deixaram sete mortos e 20 feridos em um mercado de uma área controlada pela Rússia, na Crimeia, na quinta-feira (30 de abril). O ato foi condenado por líderes europeus como “terrorismo desnecessário”, enquanto Kiev reafirmou seu compromisso com ações defensivas e de retaliação. O conflito, que entrou em seu terceiro ano, continua sendo um dos temas mais urgentes na agenda da ONU e de destaque na geopolítica, com apelos por mediação diplomática ganhando força.
Para além da Europa, a Arábia Saudita enfrenta pressão internacional após relatórios da Human Rights Watch revelarem o uso de armas explosivas contra migrantes na fronteira com o Iêmen. A organização denunciou práticas que “violam direitos humanos básicos”, exigindo investigações independentes e reformas na política de imigração do país. O caso ecoa em debates sobre ética global e responsabilidade estatal, temas que ganham destaque em fóruns como a Cúpula do Clima de 2025.
Em resumo, a geopolítica em 2025 é marcada por crises geopolíticas, ambientais e políticas. Conflitos como os incêndios em Israel, a escalada na Ucrânia e a pressão sobre a Arábia Saudita dominam os noticiários, enquanto a Rússia reafirma sua narrativa histórica. O cenário é acompanhado pela guerra das taxas promovida pelo Estados Unidos contra a China e outros países. Paralelamente, em Portugal, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa convocou eleições legislativas para 18 de maio de 2025, após dissolver o parlamento, um movimento que intensifica debates sobre estabilidade política na Europa. Esses eventos refletem a complexidade de um ano que exige soluções urgentes para desafios transnacionais.