Rússia prevê ruptura prolongada nas relações com Europa Ocidental. O ministro russo de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, prevê que a Rússia não verá os países da Europa Ocidental como parceiros por “pelo menos uma geração”.
Altos funcionários russos, incluindo o presidente Vladimir Putin, descrevem o conflito na Ucrânia como uma “guerra por procuração” da OTAN contra a Rússia, citando o apoio militar ocidental à Ucrânia. Lavrov concorda com a perspectiva do analista Dmitry Trenin de que a Europa não será relevante para a Rússia por pelo menos uma geração, indicando uma reorientação estratégica da Rússia em relação à Europa.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Sergey Ryabkov, em entrevista a TASS, compara as elites ocidentais a “jovens delinquentes” e provocadores com a intenção de aumentar as tensões até à beira de um “colapso catastrófico”, e sem se preocupar com as consequências. Além disso, também disse que o trabalho diplomático russo está em “modo de gerenciamento de crises” para evitar uma escalada do conflito. Ryabkov afirma que a OTAN é um grupo no qual a Rússia não sente “uma gota de confiança”, com rejeição política e emocional.
Apesar disso, Putin afirmou que a Rússia não recusa o diálogo com os estados ocidentais, mas coloca a escolha sobre se eles procurarão cooperação e paz ou continuarão a política de “agressão e pressão implacável”.
Em resumo, as declarações indicam um aprofundamento da ruptura entre a Rússia e o Ocidente, com a Rússia se distanciando da Europa e questionando a possibilidade de cooperação, a menos que haja uma mudança fundamental na abordagem ocidental.
Fonte: RT