Avenida Paulista é o retrato atual de uma São Paulo sucateada

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Todos pelo Brasil conhecem a Avenida Paulista. Ela apresenta-se no país e mundo afora como símbolo de empreendedorismo e prosperidade.

Entretanto, recentemente esse marco da cidade de São Paulo tem passado outro tipo de recado.

Sejam aos finais de semana, ou em dias úteis, as imagens não mudam. Lixo, sujeira e sinais de abandono.

Garota propaganda

A Avenida Paulista foi ‘vendida’ como um ‘marco de transformação da cidade’, pelo então prefeito de São Paulo, João Dória.

Sob sua marca “SP Cidade Linda”, Dória iniciou o mandato como prefeito da cidade em 2017, atuando como varredor de rua pelas calçadas da avenida, acompanhado da atriz Regina Duarte.

Na prática, nada mudou.

A Avenida Paulista, e o restante de toda cidade, continuaram sob os ‘mesmos cuidados’ que vinham recebendo dos últimos gestores.

Mas, no último ano, ficou cada vez mais evidente o quadro de degradação que o endereço sofre.

Avenida Paulista sufocada

Sobretudo, a sua proximidade com o centro da cidade, nemos de 3 km, atrai para si boa parte dos problemas que afetam a região.

Ocupações irregulares, vendedores de rua, cachorros e, um dos piores problemas, a criminalidade generalizada.

Não é à toa que hajam tantos policiais nos seus 2,5 km de extensão.

Os problemas concentram-se principalmente em quatro locais; Túnel José Roberto Fanganiello Melhem, nas proximidades do cruzamento com a Rua Augusta, no Parque Trianon e no quarteirão entre a Rua Pamplona e a Al. Campinas.

Sobretudo, o Parque Trianon ilustra a condição de abandono que se encontram os parques públicos da cidade.

Como resultado, nenhum dos esforços de zeladoria e de segurança pública que venham sendo empregados na região tem surtido efeito.

Avenida Paulista sucateada

Talvez provavelmente o endereço tenha sofrido mais o esvaziamento imobiliário do que em outras regiões.

As políticas de enfrentamento da pandemia do coronavírus aplicadas nos últimos dois anos resultaram em uma diminuição de escritórios pela cidade.

Com a retomada atual, começam a haver algumas migrações e novas acomodações.

Como resultado, o que já afetava a Avenida Paulista, o desinteresse pelo endereço como escritório, se agravou.

A avenida reúne uma série de edifícios completamente desocupados, alguns deles, há mais de uma década.

Nas adjacências, a Rua Augusta tem dois edifícios, aonde antes funcionavam hotéis, ocupados por movimentos de sem-teto.

O comércio fechado esvaziou as ruas, o que contribui para o acúmulo de sujeira.

Grande parte dos edifícios, construídos a partir da década de 1960, com seu auge na década de 1980, tornam a atratividade pela região ainda menor.

Os erros que tornaram o centro de São Paulo o que é hoje tem levado a Avenida Paulista para o mesmo caminho aonde, ambos os casos, ainda não possuem uma solução.

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