Varejista Etna anuncia seu fim
Varejista de móveis e utensílios domésticos e de decoração, Etna anuncia o final de suas atividades.
Em operação há 17 anos, a empresa atua no momento com quatro lojas e sua plataforma de e-commerce.
Quem acessa a página da varejista na internet logo vê um banner que anuncia o encerramento e um desconto de até 90%.
Além do desconto direto sobre os itens em promoção, a varejista está oferendo um desconto progressivo.
Quanto maior o valor da compra, maior o desconto, podendo chegar a 30% para compras que a soma total supere o valor de R$ 5 mil.
Entretanto, uma frase chama a atenção. No seu banner, a varejista informa que as compras não terão direito a troca.
Venda final – sem direito a troca
É importante que saber, numa liquidação, o varejista pode estabelecer essa condição, todavia, ela não anula o direito a garantia e ao arrependimento.
Ou seja, caso o produto apresente defeito, mesmo adquirido em uma liquidação, ele deve ser resolvido pelo varejista em até 30 dias da reclamação.
A reclamação de um defeito pode ser efetuado em até 30 dias da compra, para produtos não duráveis, e 90 dias da compra, para produto duráveis.
Garantia mínima
Esses prazos são mínimos, garantidos por lei. O varejista pode, por outro lado, oferece prazos de garantia maiores.
A varejista Etna seguia prática do mercado e oferecia 2 anos de garantia para móveis.
Todavia, com o anúncio do seu fim, talvez provavelmente esse prazo não seja mais oferecido.
No seu site, não consta nenhuma informação sobre garantia além da prevista em lei.
Nos termos, a página indica apenas que “produtos adquiridos de mostruário / saldo não possuem garantia”.
O que o consumidor deve interpretar da frase acima é que ‘garantia’ deve ser referir apenas aquela além da prevista em lei.
Arrependimento
O direito ao arrependimento pode ser aplicado na hipótese da compra ter sido efetuada pela internet em até 7 dias da sua entrega.
Assim, o fornecedor pode reclamar a devolução do produto e a restituição do valor pago por ele.
Fechamento
Na cidade de São Paulo apenas a loja da Berrini permanece em funcionamento.
A outra loja que possuía na cidade ficava na marginal do rio Tietê, no bairro do Tatuapé.
Nessa loja, é possível perceber que o local foi todo cercado por um tapume.
A loja da Berrini deve ser a última a ser fechada, isso no máximo até o final do semestre, ou seja, em até 4 meses.
A loja será fechada antes desse prazo caso termine o estoque.
Outro negócio
Em nota sobre seu encerramento, a empresa declarou que “pertence a um grupo empresarial de sucesso no varejo e irá descontinuar suas operações da melhor forma possível, cumprindo com todos os seus compromissos perante seus colaboradores, clientes, fornecedores e prestadores de serviço”.
A varejista Etna é de propriedade da família Kauffman, que também possui a rede de joalherias Vivara.
A Vivara opera na bolsa de valores de São Paulo (B3) desde 2019 (VIVA3). A empresa de produção e venda de joias foi fundada em 1962.